Tebet diz que parceria com Haddad “não tem como dar errado”
A parlamentar foi anunciada ministra do Planejamento no governo de Lula, enquanto o petista chefiará o Ministério da Fazenda
atualizado
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Após ser anunciada como nova chefe da pasta de Planejamento, do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (29/12), a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que terá boa parceira com o também ministro Fernando Haddad, da Fazenda.
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão planeja a administração do governo, controlando o orçamento e tendo a propriedade de liberar fundos para os estados e projetos do governo federal, por isso, a interligação com a pasta econômica.
Questionada por jornalistas se ela e Haddad vão trabalhar em parceria, Tebet respondeu: “Sem dúvida nenhuma”.
“Nós já começamos tendo três identidades: somos professores universitários, ele tem parentes no meu estado [Mato Grosso do Sul], somos amigos em comum e ele me deu a terceira, que nós somos de origem libanesa. Então não tem como dar errado [a parceria]”, disse a parlamentar nesta quinta.
Tebet ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência da República, neste ano, com 4,16% dos votos. No segundo turno, em uma frente ampla, decidiu por apoio a Lula.
Apesar da escolha pela senadora, o nome dela não era o preferido na lista do PT para a pasta. O convite foi feito, inicialmente, para Pérsio Arida e André Lara Resende. Em busca de nome “técnico” para casar com a indicação política de Fernando Haddad à Fazenda, Lula optou por Tebet, que não desagrada o mercado.
Quem é Simone Tebet
Advogada, professora e política, Tebet é Natural de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. No estado, ela atuou como deputada estadual, prefeita da cidade onde nasceu e vice-governadora. O sangue político vem da família, afinal, ela é filha de Ramez Tebet, ex-presidente do Senado.
A mãe é a filantropa Fairte Nassar Tebet. Ela e o marido são filhos de imigrantes libaneses radicados em Mato Grosso do Sul.
Conhecida por ser forte defensora do agronegócio e por fazer parte da bancada no Congresso, a senadora ganhou notoriedade nacional após integrar a CPI da Pandemia no Senado Federal em 2021. A ação foi crítica ao governo de Jair Bolsonaro, o que a fez cair nas graças dos petistas.
Tebet é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em ciência do direito pela Escola Superior de Magistratura e mestre em direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi consultora técnica jurídica da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul entre 1995 e 1997 e diretora técnica legislativa entre 1997 e 2001.
Em 2022, a BBC a colocou entre as 100 mulheres mais inspiradoras e influentes do mundo.