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Tebet diz que “ideal seria não mexer nas metas” e defende déficit zero

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que, apesar das mudanças, o governo federal vai “perseguir a meta zero”

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Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Metrópoles
1 de 1 Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Metrópoles - Foto: Edu Andrade/Ascom MF

Após o governo federal divulgar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, com alterações nas propostas da meta fiscal, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou, nesta terça-feira (16/4), que o “ideal seria não mexer nas metas”.

No PLDO enviado ao Congresso Nacional nessa segunda (15/4), o governo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fixou a meta fiscal de déficit zero — ou seja, receita igual a despesa —, indo contra a proposta anterior de buscar um superávit de 0,5% no Produto Interno Bruto (PIB).

Ao ser questionada sobre essas mudanças durante entrevista ao programa Em Ponto, da Globonews, a ministra afirmou que, apesar das mudanças, o governo federal vai “perseguir a meta zero”.

“Mais do que meta, e a meta é importante, como um norte, e nós vamos perseguir a meta zero, apesar de termos a banda de menos 25, não só esse ano, mas como ano que vem, garantindo a partir daí que o Brasil nunca mais entre em déficit, nunca mais gaste além do que arrecada”, disse.

Segundo ela, “o principal é partir da premissa, que não aconteceu agora, nem no governo passado, embora o governo passado tenha corroborado com isso, de que o Brasil gasta muito e gasta mal”.

Tebet nega participação de “núcleo político”

Além disso, a ministra reforçou que o “não houve atuação e participação do núcleo político do governo” na decisão para redefinir as metas, reforçando que todas as decisões foram tomadas pela equipe econômica, formada por técnicos do Planejamento e Orçamento e da Fazenda.

“Quero deixar claro que não houve atuação nem participação do núcleo político do governo na tomada dessa decisão. Foi uma tomada de decisão do núcleo econômico, basicamente do Ministério da Fazenda com o Ministério do Planejamento. Nós levamos para Junta [Junta de Execução Orçamentária] , que só homologou, depois o presidente confirmou e garantiu isso”, declarou.

Déficit zero e o novo salário mínimo

Além de estabelecer a meta do déficit zero, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 prevê salário mínimo de R$ 1.502 em 2025, representando aumento de 6,37% acima do piso de 2024, de R$ 1.412.

A previsão do piso para os próximos anos é de R$ 1.582 (2026), R$ 1.676 (2027) e R$ 1.772 (2028). Os aumentos seguem a nova política de valorização do mínimo a cada ano.

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