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Tebet volta a defender divisão dos Ministérios da Justiça e Segurança

Hoje no comando do Ministério do Planejamento e Orçamento, Tebet propunha a divisão dos ministérios em sua campanha a presidente em 2022

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
Simone Tebet
1 de 1 Simone Tebet - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Questionada nesta terça-feira (28/11) sobre eventual divisão dos Ministérios da Justiça e da Segurança Pública, a atual ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que segue defendendo a tese, tal como fez em sua campanha à Presidência da República em 2022. “É uma questão de coerência, os problemas não mudaram”, afirmou. O nome dela é um dos cotados para assumir o posto, na saída de Flávio Dino, anunciado na segunda-feira (27/11) para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Essa divisão eu defendi na época, enquanto candidata. Hoje eu sou ministra e, obviamente, sigo a determinação do governo do qual faço parte, mas acho saudável a discussão”, disse a ministra a jornalistas, após participar de seminário da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), em Brasília.

A emedebista, então, disse que conhece os desafios da segurança pública no país por ser de um estado de fronteira, o Mato Grosso do Sul. “Eu conheço a realidade da fronteira e da violência no Brasil”, reforçou.

Em seguida, ela elogiou o atual titular da pasta, Flávio Dino: “O Ministério da Segurança Pública é praticamente um mundo a ser resolvido de problemas. Claro que antes nós tínhamos e temos o ministro , que tem uma capacidade extraordinária de aglutinar, de colocar as pessoas certas no lugar certo, de dar resolutividade. Mas é um desafio hercúleo”.

“Eu não vou contrariar aquilo que sempre pensei. Acho que é uma decisão particular, é um ato personalíssimo do presidente Lula. Ele que tem que, junto com sua equipe, numa decisão política, entender se deve ou não manter o Ministério da Justiça e Segurança Pública juntos ou dividir”, ponderou a ministra.

Tebet diz não ter sido sondada para Justiça

Tebet disse também não ter sido sondada para assumir a pasta. “Ninguém antecipa decisão”, frisou. Ela afirmou que o presidente Lula (PT) é que “tem que analisar, dentro desse tabuleiro de xadrez chamado política, quais são as melhores peças a serem movidas”.

A indicação de Dino ainda precisa ser oficializada pelo presidente da República, via mensagem presidencial a ser encaminhada ao Senado Federal nos próximos dias.

Dino vai permanecer no Ministério da Justiça até sabatina no Senado

Sobre espaço orçamentário para desmembramento das pastas, ela indicou que não há problema nisso. As duas áreas já foram ministérios independentes durante a gestão Michel Temer (MDB).

“Caber no orçamento, cabe, porque o Orçamento de 2023 foi aprovado sem cinco ministérios que foram criados depois, nós fazemos o remanejamento”, disse ela.

Cotados

Além de Tebet, são cotados para suceder Dino outros quatro nomes: o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski; o atual número 2 do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli; os ministros Jorge Messias (AGU); e o advogado Marco Aurélio de Carvalho.

O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que o presidente da República avisou a auxiliares que só pretende decidir o substituto definitivo de Dino após voltar do giro internacional. O retorno do petista ao Brasil está previsto para 6 de dezembro.

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