Tebet celebra inflação dentro da meta: “Fazendo o dever de casa”
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet celebrou o resultado da inflação de 2023, que ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, comemorou nesta quinta-feira (11/1) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. Segundo divulgado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice ficou em 4,62% em 2023.
Tebet ressaltou que a inflação voltou para dentro do intervalo da meta e disse que o governo precisa seguir fazendo o “dever de casa” para repetir os mesmos resultados na economia em 2024.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) havia estipulado que a meta de inflação para 2023 era de 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta seria cumprida se ficasse entre 1,75% e 4,75%. A inflação brasileira de 2023, portanto, terminou o ano abaixo do teto da meta.
Veja o post:
Vilã dos mais pobres, inflação de 2023 fica em 4,62% e volta para dentro do intervalo da meta depois de dois anos. Isso significa comida mais barata e mais poder de compra. Sigamos fazendo nosso dever de casa para repetir em 2024 os bons resultados da economia obtidos no ano…
— Simone Tebet (@simonetebetbr) January 11, 2024
A divulgação do índice de 2023 foi feita após divulgação do IPCA de dezembro, fechado apenas em janeiro. O índice ficou em 0,56% no último mês do ano passado, mostrando que a inflação acelerou forte em relação a novembro, quando foi de 0,28%.
O resultado veio acima das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,48% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 4,54%. Divulgado há duas semanas, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,4% em dezembro.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo de alimentação e bebidas, que acelerou em relação a novembro (0,63%). A segunda maior contribuição veio do segmento de transportes, com alta de 0,48%.
Meta é cumprida pela primeira vez desde 2020
Apesar de a inflação ter vindo acima das estimativas dos analistas em dezembro, foi a primeira vez, desde 2020, que o Brasil encerrou 2023 com o IPCA abaixo do teto da meta.
Em 2022, o índice ficou acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo, terminando o ano em 5,79%. Em 2021, a inflação brasileira ultrapassou os dois dígitos, ficando em 10,06%.
A última vez que o IPCA havia ficado dentro da meta foi em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando a inflação no Brasil foi de 4,52%.