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TCU denuncia risco de falta de insulina no SUS a partir do 2º trimestre

Ministério da Saúde precisou realizar compra emergencial do insumo. TCU investigou pregões sem sucesso para adquirir insulina

atualizado

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Foto mostra mulher aplicando uma injeção de insulina na perna - Metrópoles - diabetes
1 de 1 Foto mostra mulher aplicando uma injeção de insulina na perna - Metrópoles - diabetes - Foto: Artur Debat/Getty Images

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou o risco de falta de insulina de ação rápida no Sistema Único de Saúde (SUS) do país a partir do segundo trimestre deste ano. O medicamento é amplamente utilizado por pacientes diabéticos.

A Corte de Contas votou o processo relacionado ao caso nessa quarta-feira (29/3), sob relatoria do ministro Vital do Rêgo. O Ministério da Saúde realizou dois pregões para adquirir o medicamento, em agosto de 2022 e em janeiro deste ano, ambos sem sucesso.

Atualmente, o estoque da pasta conta com 196.015 unidades de insulina de ação rápida. O ministério iniciou o processo de compra emergencial em 31 de janeiro.

“Diante da situação fática de urgência pelo medicamento e iminência do desabastecimento, visando obtê-lo e distribuí-lo no menor tempo possível, está em fase interna um processo emergencial de insulina, aberto a empresas internacionais”, descreve o acordão.

A compra emergencial pretende adquirir 1,3 milhão de tubetes de 3 ml. A primeira entrega, com 673 mil unidades, seria entregue em até 60 dias. A segunda, com a mesma quantia, em até 150 dias.

O Departamento de Logística em Saúde (Dlog) do ministério questionou as três empresas autorizadas a revender o produto. A Sanofi alegou restrição mundial do fornecedor de canetas aplicadoras, assim como capacidade reduzida para fabricar embalagens.

A Novo Nordisk relatou demanda acima do esperado, que ocasionou restrição no fornecimento. Já a Eli Lilly afirmou que não conseguiria atender o volume e o cronograma estipulados.

O contrato emergencial, feito sem licitação, foi formalizado com a Novo Nordisk em 7 de março. Durante a análise no TCU, o presidente da Corte ministro Bruno Dantas ressaltou a seriedade da situação.

“Estamos avizinhando um quadro de insuficiência de medicamentos para essa doença tão séria e que, pelo que o ministro Vital conseguiu extrair, a partir de nossas diligências, esse estoque durará só até o mês de maio”, apontou.

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