TCU abre procedimento para apurar suposta interferência no Enem
Às vésperas da realização do exame, mais de 30 servidores pediram demissão, sob alegação de assédio moral e ingerência política
atualizado
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O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um procedimento para apurar possíveis irregularidades no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) após demissão em massa de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A aplicação das provas está prevista para os dias 21 e 28 de novembro.
A decisão do TCU foi tomada após deputados federais se reunirem com a presidente da Corte, ministra Ana Arraes, e pedirem uma auditoria no Inep e o afastamento do presidente do órgão, Danilo Dupas. A relatoria do caso é do ministro Walton Alencar Rodrigues.
Às vésperas do Enem, mais de 30 servidores pediram demissão, sob alegação de assédio moral por parte de Dupas e ingerência política nas provas.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, rechaçou o afastamento e disse que a questão dos servidores não era educacional, mas econômica. Ribeiro negou também qualquer interferência política na confecção das provas. Durante agenda no Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Enem deste ano teria “a cara do governo”.
O presidente do Inep compareceu às comissões de educação da Câmara e do Senado, e refutou o cometimento de qualquer assédio. Segundo Dupas, “está tudo certo” com o Enem.
Nesta sexta-feira (19/11), no entanto, reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que Bolsonaro pediu ao ministro da Educação para que questões que mencionam o Golpe Militar de 1964 o retratassem como revolução.
