TCE coleta documentos para apurar vínculo da prefeitura com a mãe de Miguel
Trabalhavam na casa de Hacker a mãe e a avó do garoto, Mirtes Renata Santana e Marta Maria Santana Alves, respectivamente
atualizado
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A Prefeitura de Tamandaré afirmou que auditores do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) foram até o local para coletar documentos e analisar a folha de pagamento do município. A ação, que aconteceu nesta segunda-feira (08/06), foi motivada após duas empregadas domésticas da residência do prefeito Sérgio Hacker (PSB) serem identificadas como servidoras municipais e constarem na folha de pagamento.
Trabalhavam na casa de Hacker a mãe e a avó de Miguel, Mirtes Renata Santana e Marta Maria Santana Alves, respectivamente. O TCE afirmou ao G1 que os auditores buscam cruzar dados para verificar o vínculo não só de Mirtes e Marta com a administração do município mas também de outras pessoas que possam estar em situação semelhante.
Demissão
Nesse domingo (08/06), em entrevista ao Fantástico, a mãe e a avó de Miguel contaram que, desde o início do mandato do patrão, em 2017, as duas são contratadas pela Prefeitura de Tamandaré. As duas também afirmaram ter pedido demissão após o ocorrido.
Se houver a confirmação das irregularidades por parte dos envolvidos, eles podem responder por ato de improbidade administrativa e pelo crime de peculato.
Relembre o caso
Miguel Otávio, de 5 nos, morreu na terça-feira (02/06) ao cair do prédio de um condomínio de luxo onde Mirtes e a mãe trabalhavam. No momento do ocorrido, a criança estava sob os cuidados da esposa de Hacker, Sari Corte Real, que foi presa em flagrante e liberada após pagamento de fiança de R$ 20 mil.