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Taxa de juros na mão: Lula terá 4 dos 9 diretores do BC na terça (2/1)

A partir de 2024, quatro dos nove diretores do Banco Central (BC) terão sido indicados pelo presidente Lula. Comitê do BC define juros

atualizado

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Banco Central do Brasil BACEN. Brasília focus - Metrópoles
1 de 1 Banco Central do Brasil BACEN. Brasília focus - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A partir da próxima terça-feira (2/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá indicado quatro dos nove diretores no Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC) responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic. A instituição informou que a posse de dois novos nomes indicados pelo petista vai ocorrer já no segundo dia de 2024.

Os novos diretores são os economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. A posse deles ocorre menos de um mês após a aprovação das indicações do Poder Executivo pelo Senado Federal, e a publicação dos decretos de nomeação no Diário Oficial da União (DOU).

Eles se juntarão a Gabriel Galípolo (diretor de Política Monetária) e Ailton de Aquino (diretor de Fiscalização), indicados por Lula em maio. Ambos participam das reuniões do Copom desde agosto deste ano, mês em que o órgão iniciou o ciclo de corte da Selic.

Copom baixa juros em 0,5 ponto percentual e Selic fecha 2023 em 11,75%

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os nomes dos dois novos diretores em 30 de outubro
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Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e o ministro de Estado da Fazenda, Fernando Haddad
Jair Bolsonaro, então presidente da República, faz sinal de positivo ao posar para foto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Net, em fevereiro de 2019
Jair Bolsonaro, então presidente da República, aperta a mão de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em 2019
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Paulo Pichetti e Rodrigo Teixeira são indicados como novos diretores do Banco Central

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou os nomes dos dois novos diretores em 30 de outubro

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Jair Bolsonaro, então presidente da República, faz sinal de positivo ao posar para foto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Net, em fevereiro de 2019

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Jair Bolsonaro, então presidente da República, aperta a mão de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em 2019

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Diretoria do Banco Central em reunião do Copom realizada em agosto de 2023. Foi a primeira com a participação dos primeiros dois nomes indicados por Lula: Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino

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Dificuldade com taxa de juros por causa de autonomia do BC

Com a lei de autonomia do Banco Central, de 2021, este é o primeiro governo que convive com uma diretoria não totalmente indicada pelo presidente da República eleito.

O atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e era próximo do então ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele tem mandato até o fim de 2024 e diz que seguirá no posto até o término da gestão.

Ao longo do ano, em ofensiva para a queda da Selic, Lula chegou a dizer que Campos Neto teria “compromisso com o outro governo [do ex-presidente Bolsonaro]”.

Com aproximação intermediada pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda), Campos Neto se reuniu algumas vezes com Lula no segundo semestre e participou de um jantar de confraternização oferecido pelo presidente na Granja do Torto no último dia 21.

Dança das cadeiras

Professor de economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, Picchetti é PhD em economia pela University of Illinois at Urbana-Champaign. Ele substituirá Fernanda Guardado na Diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos.

Servidor de carreira do BC, Rodrigo Alves tem doutorado em economia pela Universidade de São Paulo, e exerceu o cargo de professor da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele passará a comandar a Diretoria de Administração, no lugar de Carolina Barros, que vai ocupar a Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta em substituição ao atual diretor Maurício Moura, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro de 2023.
Os mandatos de Piccheti e Rodrigo Alves como diretores do BC se estenderão até 31 de dezembro de 2027, podendo ser renovados por mais quatro anos, como previsto na lei de autonomia do BC.

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