Tarcísio sobre ICMS dos combustíveis: “Todo mundo tem que ceder”
Ex-ministro, pré-candidato ao governo de São Paulo, comentou proposta de Bolsonaro de zerar imposto sobre gasolina e compensar estados
atualizado
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São Paulo – O pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu que “todo mundo tem que ceder” para que se possa diminuir o preço dos combustíveis no Brasil. Tanto os estados, quanto a União.
Na noite desta segunda-feira (6/6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que, se os estados zerarem o ICMS sobre combustíveis, terão, em troca, o ressarcimento integral pelo governo federal da perda de arrecadação do imposto, numa conta que pode ir de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Paulo Guedes.
Questionado sobre a medida, Tarcísio falou que não tem como avaliar, porque não teria ouvido exatamente o que o presidente falou. Mas defendeu uma solução conjunta, inclusive com a eventual redução de impostos estaduais.
“Há espaço para manobrar isso. É um jogo em que todo mundo tem que ceder, porque é um problema nacional que está realmente apertando o calo do consumidor brasileiro. A gente precisa ter sensibilidade para avaliar que medida vamos tomar para aliviar este ônus. E as medidas têm que ser tomadas em conjunto. Tem que ser União e estados”, falou.
“O tributo hoje também tá pensando bastante no combustível. Quando o combustível sobe, o imposto sobe junto e a arrecadação dos estados está melhorando. Ter um equilíbrio nisso seria fundamental, seria desejado”, acrescentou.
A fala foi feita durante evento do PTB realizado em um clube na zona oeste da capital paulista e organizado pelo empresário Otávio Fakhoury, presidente da legenda em São Paulo.
PTB tenta protagonismo
Nos discursos, membros do partido destacaram a qualidade dos quadros que podem ajudar Tarcísio a se eleger. O PTB tenta ter algum posto estratégico na disputa em São Paulo, mas, por enquanto, não há indícios de que isso ocorrerá. Tarcísio quer um vice do PL e a vaga ao Senado, a princípio, é do apresentador José Luiz Datena, do PSC.
O PTB ensaiou lançar candidato próprio ao Senado, mas essa ideia perdeu força dentro da sigla, que agora se encaminha para apoiar Janaina Paschoal (PRTB). Ela estava no evento e disse que seu apoio ao ex-ministro da Infraestrutura é “incondicional” e não depende do apoio dele a sua candidatura ao Senado.
Tarcísio, em seu discurso, respondeu dizendo que Janaina deveria apoiá-lo mesmo, porque foi uma das incentivadoras da sua candidatura ao governo de São Paulo. Ele se referiu à deputada estadual como “uma pessoa diferenciada, especial, que teve um papel essencial na história do Brasil”.
Questionado pelo Metrópoles se o PTB terá alguma posição de destaque na chapa ou no governo, o ex-ministro bolsonarista disse que o vice vai para o PL e que, atualmente, seu candidato ao Senado é Datena. “Essa é uma questão que a gente vai decidir mais tarde. Hoje o meu candidato da coligação é o Datena”, ressaltou.
Já no governo, disse que terá um “quadro técnico, porque isso dá muito certo”.
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