Tarcísio pede cooperação para ajudar São Paulo e donativos às vítimas
Governador de São Paulo, Tarcísio agradeceu o apoio do presidente Lula e falou sobre as ações discutidas entre governos estadual e federal
atualizado
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Após sobrevoo pela região afetada por fortes chuvas em São Paulo, o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou sobre a tragédia que matou 36 pessoas. O gestor agradeceu o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e comentou as ações discutidas entre governos estadual e federal para conter os efeitos dos estragos na região.
Segundo Tarcísio, a presença do presidente e de toda a comitiva de ministros dá “amparo e conforto” num momento em que é necessário trabalhar em regime de cooperação. Até o momento, de acordo com o governador, existem mais de 10 pontos de bloqueio em rodovias, sendo que, em alguns, não se sabe se a estrada foi “arrastada”.
Equipamentos e efetivos também foram deslocados para as áreas atingidas pela chuva a fim de montar uma grande operação. São cerca de 600 pessoas envolvidas, entre militares do Exército Brasileiro, do Corpo de Bombeiros e da PM de São Paulo; mais de 50 equipamentos; oito helicópteros; e duas aeronaves do Exército, sendo que mais quatro chegarão para alcançar os locais mais afetados.
Desde o início das enchentes, o governo de São Paulo decretou estado de calamidade pública para que pudesse fazer a primeira liberação de recursos. Até o momento, segundo Tarcísio, foram liberados R$ 7 milhões para os municípios.
Resgate
Ainda de acordo com Tarcísio, os feridos em decorrência do desastre foram levados para unidades de saúde das regiões afetadas: Hospital Regional de Caraguatatuba e, depois, para São José dos Campos. Suprimentos também chegaram às localidades, além de 30 mil litros para atender desabrigados e escolas.
“Temos pessoas que estão bem, não tiveram residência acometida, mas estão sem comunicação. Com a chuva, houve perda da alimentação de energia. Os mercados perderam seus estoques, as pessoas não conseguem passar cartão. Isso faz com que várias tentem sair de suas casas para tentar chegar a São Paulo. O ideal é que não façam isso, porque ainda temos muitos pontos de bloqueio”, alertou Tarcísio de Freitas.
Segundo o governador, há um movimento grande de coleta e entrega de donativos. Quem quiser doar, levar alimentos, colchões e água deve se encaminhar para os depósitos do Fundo Social de SP; da Água Branca, no Palácio dos Bandeirantes; e da Defesa Civil de SP, para que seja possível coordenar melhor a distribuição das doações.
“O estado de São Paulo vai dar a voltar por cima. Esse estado vai se reconstruir e sair ainda mais forte”, reforçou Tarcísio.
São Sebastião
O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), também deu alguns detalhes sobre o trabalho de cooperação. O gestor também disse que a reconstrução do município será “lento em função do tamanho do estrago”.
“Com a reunião de agora, definimos ações estratégicas para a rápida reconstrução de unidades habitacionais junto aos ministérios de Integração Nacional e Cidades. Também foi estabelecida ajuda humanitária, que será centralizada no fundo social de solidariedade do estado de São Paulo e do município de São Sebastião. Quero externar que o processo de reconstrução do município será lento em função dos estragos que acometeram toda a extensão do município de São Sebastião”, destacou Augusto.
O prefeito se mostrou otimista quanto aos esforços para encontrar sobreviventes da tragédia.
“Ainda que seja um clichê, onde há esperança, há vida. O foco do presidente Lula é buscar vida. Temos homens mobilizados para buscar vidas dentro dos escombros”, ressaltou.
Segundo ele, há bairros praticamente destruídos.