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Taillon Barbosa: veja detalhes da prisão do miliciano e fotos de bens

Taillon Barbosa é apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras; ele era o alvo de criminosos que mataram três médicos por engano

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Imagem colorida Taillon Barbosa em lancha - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida Taillon Barbosa em lancha - Metrópoles - Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo

Considerados os chefes da milícia de Rio das Pedras, uma das mais antigas do Rio de Janeiro, o ex-terceiro-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Dalmir Barbosa e o filho dele, Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, foram presos no último dia 31 de outubro durante operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. A ação, no total, cumpriu 13 mandados de prisão.

Taillon, de 26 anos, era o alvo de criminosos que mataram três médicos por engano, no início do mês de outubro, em um quiosque na orla da Barra da Tijuca. As investigações apontaram que uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida, foi confundido com o miliciano, o que provocou o ataque.

O jovem e a família têm vários bens. Reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, mostra Taillon em uma lancha em Angra dos Reis. Além da embarcação, foram apreendidos nove veículos de luxo, sendo cinco deles blindados, além de um revólver e R$ 31 mil em espécie. E, por fim, um imóvel de luxo avaliado em R$ 2 milhões também em Angra.

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Perseu Almeida, médico assassinado no Rio
Taillon Barbosa em lancha
Casa de Taillon em Angra dos Reis, no valor de R$ 2 milhões
Apartamento de Taillon Barbosa
Miliciano Taillon Barbosa foi preso e teve bens apreendidos
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PF prendeu o miliciano Taillon de Alcântara Pereira no Rio de Janeiro

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Perseu Almeida, médico assassinado no Rio

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Taillon Barbosa em lancha

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Casa de Taillon em Angra dos Reis, no valor de R$ 2 milhões

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Apartamento de Taillon Barbosa

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Miliciano Taillon Barbosa foi preso e teve bens apreendidos

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Imagens mostram miliciano Taillon Barbosa em lancha em Angra dos Reis

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Taillon faz parte de milícia antiga

A milícia de Rio das Pedras é uma das mais antigas do Rio de Janeiro. Criada ainda na década de 1980, quando a comunidade tinha cerca de 20 mil pessoas, no entanto, atualmente, o local virou um bairro e abriga aproximadamente 200 mil moradores.

Em 2008, durante a CPI das Milícias, Dalmir Barbosa, pai de Taillon, ganhou destaque nacional ao ser apontado como um dos chefes da estrutura. Três anos depois, ele foi expulso da PM por violar a ética e o dever policial. Já em 2020, ele foi preso numa operação contra as milícias e passou a cumprir pena em prisão domiciliar.

Já Taillon foi preso, anteriormente, em dezembro de 2020 numa outra operação contra a milícia. Foi condenado a 8 anos e 4 meses por participação na organização criminosa. Ficou preso até março deste ano, depois passou para prisão domiciliar. E em setembro começou a cumprir a pena em liberdade.

A subcoordenadora do Gaeco, Letícia Emili, aponta uma mudança na estrutura do grupo, que no início dizia combater a violência, mas, agora, se parece com o tráfico. Segundo ela, o terror impera na região e os moradores são reféns.

“A milícia de Rio das Pedras, ela nos últimos anos passou por reformulações na composição dos seus integrantes. Antes se via uma milícia que era integrada com agentes do estado ou ex-agentes do estado e hoje em dia a gente vê a milícia integrada por integrantes de facções criminosas vinculados ao tráfico de drogas”, disse ela ao Fantástico.

Já o superintendente da PF no Rio, Leandro Almada, afirmou que existem dados concretos da sinergia da milícia com uma facção criminosa ligada ao narcotráfico. De acordo com ele, o grupo pode ser chamado de narcomilícia.

Funcionamento da milícia

A reportagem mostrou imagens de como o grupo criminoso age. Uma das principais características é a brutalidade dos integrantes, já que quem não paga ou não aceita as condições impostas é agredido ou morto.

Quem fica devendo ou desrespeita à milícia pode ser torturado ou morto. Tudo é registrado pelos próprios milicianos. Outro vídeo foi feito depois de uma execução e enviado como comprovação para os chefes da milícia – “Serviço feito. Acabou o problema.

“Um ex-morador de Rio das Pedras fugiu de lá depois que um parente foi morto por discutir com um miliciano. “Foi uma coisa muito pesada, não dava para continuar. Foi uma morte violenta e sem necessidade. Agora a vida não tem valor. Os moradores são obrigados a pagar, pra morar. Independente de ter dinheiro ou não, tem que pagar”, relatou.

Cobrança de taxas

Na comunidade, existe uma cobrança de taxas, como registrado nos vídeos. “Você tem 90 moradores no condomínio. 53 pagam. Você tem que fazer um trabalho pra aumentar 3,4,5,10 por mês. Pra diminuir, não tem como. Ou paga ou paga, filho. Quem não tá pagando, tem que começar a pagar.”

As taxas variam de R$ 50 a R$ 12 mil, as mais altas, cobradas para alguns comerciantes. “É uma situação que chegou ao extremo. Uma situação dessa daí se piorar, eu acho que vira guerra”, completa o ex-morador.

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