Suzano: escola onde houve atentado reabre na terça, mas sem aulas
Alunos só devem retomar efetivamente estudos no dia 25. Até lá, será oferecido tratamento psicológico na instituição
atualizado
Compartilhar notícia
Enviado especial a Suzano (SP) – O Colégio Estadual do Raul Brasil, onde oito pessoas foram executadas nesta semana por dois ex-alunos, reabre na próxima terça-feira (19/3). Contudo, a rotina de aulas ainda não será retomada, de acordo com a prefeitura municipal.
Até a segunda-feira da semana seguinte (25), no local serão desenvolvidas atividades de acolhimento e oferecido tratamento psicológico e psiquiátrico a parentes de vítimas, amigos e comunidade escolar: a escola tem mil alunos; cinco deles e duas funcionárias morreram no ataque.
A medida atende anúncio feito ainda no dia do massacre, de que seria criada uma força-tarefa para atendimento à população, conforme o Metrópoles adiantou na quarta-feira (13).
O detalhamento do trabalho a ser desenvolvido no período é discutido em uma reunião na tarde desta sexta-feira (15). Participam do encontro representantes da instituição de ensino, da prefeitura e secretarias Municipal e Estadual de Educação, além de integrantes da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A primeira-dama de São Paulo, Bia Dória, está no local, dando apoio às equipes e em solidariedade às famílias e aos sobreviventes. Nessa quinta-feira (14), o governador João Doria anunciou a criação de comitê executivo para viabilizar o pagamento de indenização aos parentes dos mortos. Dentro de 30, o grupo determinará valores a serem pagos pelo governo estadual aos familiares: Dória chegou a a anunciar que seriam cerca de R$ 100 mil por vítima.
Homenagens
Durante toda sexta, diversas homenagens aconteceram ao redor da escola que se tornou cenário de um massacre. Moradores e alunos trouxeram flores, velas, cartazes e fizeram orações. O trânsito na região apesar de intenso, está liberado. A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal de Suzano fazem a segurança do local.
A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, que salvou 50 alunos durante o ataque a tiros na escola, foi parabenizada por um policial militar. Durante o massacre, assim que ouviu o barulho dos disparos, Silmara escondeu na cantina a maior quantidade de estudantes que conseguiu. Ela usou um freezer e uma geladeira para montar uma barricada. Uma mesa foi usada como escudo.