Suspeitos de enterrar cachorros vivos são presos no Rio de Janeiro
Suspeitos do crime não mostraram arrependimentos, disse delegado André Prates; cães foram levados para uma clínica veterinária
atualizado
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Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) identificaram quatro pessoas suspeitas de terem enterrado dois cachorros vivos em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Moradores da região fizeram o resgate dos animais na última quarta-feira (21/8). As mandantes do crime de maus-tratos aos animais seriam as tutoras Rita de Cássia, 53 anos, e Sirley Sobrera.
De acordo com as investigações da DPMA, as tutoras dos cães pagaram cerca de R$ 300 para o pedreiro Carlos Augusto de Oliveira, vulgo Mineiro, matar e enterrar os animais.
Miguel Domingues, comparsa de Mineiro, amarrou os cães em sacos de ração e levou-os em um veículo até um mangue às margens do rio Piraquê.
Lá, a dupla enterrou os animais vivos, com o objetivo de matá-los por afogamento com a subida da maré. As informações são da Polícia Civil do estado.
Suspeitos mostraram frieza
O veículo usado para o crime foi localizado, apreendido e levado para a perícia. Os autores do crime não mostraram arrependimentos, segundo o delegado André Prates.
“Eu vi uma frieza incomum, uma indignação de o plano não ter dado certo. Não foi possível auto de prisão em flagrante pelo decurso do tempo. Porém, o inquérito está apto, vou relatar essa semana e remeter ao Ministério Público e Justiça para decisões de denúncia e responder ao processo.”
A Fazenda Modelo recebeu os animais resgatados na semana passada. Porém, devido à gravidade do quadro de saúde, eles acabaram transferidos para uma clínica veterinária na região.
Após recuperação, eles devem ser levados para adoção. Já os quatros suspeitos responderão pelo crime de maus-tratos e abandono de animais, e podem cumprir até cinco anos de prisão.