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Suspeitos de mandar matar Marielle Franco vão para presídios federais

Um dos suspeitos, deputado Chiquinho Brazão ficará no presídio de Campo Grande, onde está Ronnie Lessa, contratado para matar Marielle

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Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Domingos Brazão - Acusados de matar Marielle Franco
1 de 1 Chiquinho Brazão, Rivaldo Barbosa e Domingos Brazão - Acusados de matar Marielle Franco - Foto: Montagem sobre fotos da Camara dos Deputados, EBC, e Alerj

Presos nesse domingo (24/3), no Rio de Janeiro, cada um dos três mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes será transferido para penitenciárias federais.

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, passaram a noite na Penitenciária Federal de Brasília.

A expectativa é de que Rivaldo continue no presídio federal de segurança máxima da capital federal; Domingos deve seguir para Porto Velho; e Chiquinho pode ser transferido para Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Caso o deputado seja levado para a Penitenciária Federal de Campo Grande, ele ficará na mesma unidade do policial reformado Ronnie Lessa, contratado pelos irmãos Brazão para executar Marielle e Anderson, de acordo com as investigações da Polícia Federal (PF).

Contudo, as transferências dos suspeitos aos presídios federais de segurança máxima apenas serão concretizadas após decisão de um juiz.

Com ou sem transferência de penitenciárias, o trio de acusados de encomendar e planejar as mortes de Marielle e Anderson deve continuar presos. Isso porque a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou, na madrugada desta segunda-feira (25/3), maioria a favor da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão dos suspeitos.

A prisão dos mandantes do Caso Marielle

Deflagrada nesse domingo, a Operação Murder Inc., da Polícia Federal, prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

No total, a PF cumpriu três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão, todos expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Participaram da ação a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Segundo relatório da corporação, o crime teria sido idealizado pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e meticulosamente planejado por Rivaldo Barbosa. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a motivação tem relação com a disputa fundiária no Rio de Janeiro.

O crime contra Marielle e Anderson

Marielle era vereadora da cidade do Rio de Janeiro pelo PSol. Ela foi baleada à queima-roupa depois de participar de um evento público na capital carioca. O carro em que ela estava foi atingido por 13 tiros, que também mataram o motorista Anderson.

Além do trio de mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, estão presos os ex-policiais militares Élcio Queiroz e Ronnie Lessa; o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel; e Edilson Barbosa dos Santos, dono de um ferro-velho no Morro da Pedreira.

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