Suspeitos de atacar Moraes podem pegar até oito anos de prisão
Brasileiros que hostilizaram Alexandre de Moraes em aeroporto de Roma devem responder por crimes de agressão e injúria
atualizado
Compartilhar notícia
Os três brasileiros identificados pela Polícia Federal (PF) após ataque ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e à família do juiz devem ser investigados por crimes contra a honra, ameaça e agressão. Em caso de condenação, eles podem pegar até oito anos de prisão, além da possibilidade de pagamento de multa.
O caso ocorreu no aeroporto internacional de Roma, na última sexta-feira (14/7), quando o magistrado retornava de uma palestra do Fórum Internacional de Direito, em Siena, na Itália.
Quando chegaram ao local, Moraes e sua família foram abordados pelos três suspeitos, que começaram a insultar o ministro com palavras como “comunista”, “comprado” e “bandido”. Em um determinado momento, segundo a PF, um dos investigados chegou a agredir fisicamente o filho do magistrado.
Os três suspeitos são o empresário Roberto Montavani Filho, a sua esposa Andreia Munarão e o genro do casal, Alex Zanatta. O filho do casal, Giovani Mantovani, tentou conter os três familiares, sem sucesso.
Até oito anos de prisão
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso e aguarda a chegada das imagens para seguir com as investigações. O trio pode ser indiciado por crime contra a honra do juiz, com pena entre seis meses e oito anos de reclusão, considerando o posto ocupado por Moraes.
No caso de serem condenados por crimes contra honra e ameaça, a pena pode ser de dois anos e seis meses de prisão. Nessa hipótese, porém, é possível o pagamento de multa para evitar a detenção.
Os familiares chegaram ao Brasil na manhã de sábado (15/7), enquanto Moraes e sua família seguem na Europa. O empresário Roberto Montavani Filho prestou depoimento no domingo (16/7). Já a mulher, Andréa Montavani, e o genro de Montavani comparecerão à polícia nesta terça-feira (18/7).
Em nota divulgada pela defesa dos familiares, os suspeitos dizem que foram confundidos por Moraes com outros brasileiros no local que ofenderam o juiz.
“Dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela [Andréa] e duas pessoas que acompanhavam o ministro”, diz posicionamento, divulgado no domingo por Ralph Tórtima Filho, advogado do trio.