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Suspeito de matar a irmã deixou carta: “Pare de criar confusão”

João Paulo Mourão é acusado de matar a advogada Izadora Mourão. Caso ocorreu no Piauí

atualizado

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Izadora Mourão advogada assassinada
1 de 1 Izadora Mourão advogada assassinada - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O jornalista João Paulo Mourão, acusado de matar a própria irmã, a advogada Izadora Mourão, deixou um bilhete para a vítima. O crime ocorreu no último sábado (13/2), no município de Pedri II (PI). O homem atacou Izadora com sete golpes de faca.

A carta foi encontrada por investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) junto aos objetos pessoais da vítima.

No bilhete, João Paulo Mourão pediu que Izadora parasse de mexer em suas coisas e não criasse confusões. A íntegra do texto foi obtida pelo portal G1.

“Izadora,

Não mexa nunca nas minhas coisas sem a minha permissão nem crie nenhuma confusão envolvendo meu nome e o da nossa mãe. Cuide das suas coisas, da sua vida, e não crie nunca confusão desnecessária para você nem para nós. Pare de criar confusão e se prejudicar. Cuide-se, esqueça a vida alheia, cuide bem dos seus filhos, procure organizar-se em sua vida. Lembre-se que temos uma mãe já de idade e um irmão especial para cuidarmos”, escreveu João.

Ao Metrópoles, o delegado responsável pela investigação, Francisco Costa, disse que os irmãos tinham desavenças. João foi preso na segunda-feira (15/2), mas nega a autoria do crime.

Após passar por audiência de custódia, o jornalista teve prisão preventiva decretada. Policiais também suspeitam que a mãe de Izadora e João tenha envolvimento no crime.

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Izadora Santos Mourão foi encontrada morta nesse sábado (13/2)
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O irmão de Izadora é suspeito de cometer o crime

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Izadora Santos Mourão foi encontrada morta nesse sábado (13/2)

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Investigações

Segundo as investigações, o homem teria matado a irmã no próprio quarto e depois teria ido deitar no dormitório da mãe. Ao ver a filha morta, a mulher ligou para uma empregada doméstica pedindo que, se alguém perguntasse informações sobre o caso, ela deveria dizer que uma outra pessoa havia entrado na residência e cometido o crime. Ela também pediu para a faxineira limpar o local.

“Foi construída uma história por ele e pela mãe dele de que a advogada teria sido morta por uma mulher, possivelmente uma vendedora de roupas, que tinha discutido com ela dentro do quarto e a teria esfaqueado. Essa era a história inicial”, disse o delegado.

Após a realização de entrevistas com testemunhas e de perícias no local do crime, os investigadores chegaram à conclusão de que nenhuma pessoa havia entrado na residência após as 6h.

No quarto de João, foram encontradas roupas sujas de sangue. Além disso, a polícia descobriu que as duas facas usadas no crime foram escondidas na casa de uma tia e de um primo do acusado.

“Ele tinha uma desavença interna com a irmã há muito tempo. Mas ele nega a autoria do crime. Ela [a mãe] acobertou, protegeu. A mãe dele, quando vê a moça morta, ao invés de ligar para a polícia ou chamar o médico, ela liga para uma faxineira para limpar o quarto. Tudo muito frio, muito arquitetado”, afirmou o delegado.

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