Suspeito de feminicídio tem histórico de ameaça com arma a vizinhos
A polícia investiga se o policial Ulysses Carlos executou sua mulher, Janaína, antes de cometer suicídio. Filho de 11 anos pediu socorro
atualizado
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Rio de Janeiro – O policial civil Ulysses Carlos Pourchet foi acusado de ameaçar moradores com uma arma em punho no condomínio onde morava com a família no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. O caso foi parar na delegacia e ainda tramita na Justiça.
Na noite de quinta-feira (24/6), ele e a mulher Janaína Castro Souza Pourchet foram encontrados mortos com marcas de tiros. O filho do casal, um garoto de 11 anos, acionou o Corpo de Bombeiros para conter uma briga, mas quando o socorro chegou os dois já estavam sem vida.
A Delegacia de Homicídios investiga se Ulysses executou a mulher antes de cometer suicídio.
Segundo o promotor Marcio Almeida Ribeiro Silva, a confusão no condomínio foi parar na Justiça porque no fim do ano passado o policial reclamou de uma festa promovida no play. Ele e os moradores registraram queixa na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes).
No procedimento, o policial é acusado de ameaça, mas na mesma ocasião houve eventual crime de infração de medida sanitária e desacato em razão do evento, ressaltou o promotor à Justiça.
Na tarde desta sexta-feira (25/6), a síndica do prédio em que o casal morava, identificada apenas como Simone, esteve na delegacia. Ela disse que o único registro de má conduta do homem é este episódio da arma.
A síndica entregou à delegacia uma cópia das imagens do circuito interno do condomínio. Segundo ela, a gravação não flagra nenhuma briga ou discussão do casal.
“Ela era uma mulher feliz”, diz cunhada
Letícia Souza, casada com o irmão de Janaina, fez questão de dizer que ela “era uma mulher feliz, de Deus” e que não havia motivo conhecido para o crime ter acontecido.
“Tinham altos e baixos como todo e qualquer casamento. Mas eram felizes, viviam felizes”, disse a cunhada no Instituto Médico Legal.