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Suspeito de estupro é detido no Rio e nega a participação no crime

A operação aconteceu no Morro da Barão, local onde a adolescente foi estuprada por 33 homens

atualizado

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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Movimentação de policiais militares no entorno do Morro São José Operário
1 de 1 Movimentação de policiais militares no entorno do Morro São José Operário - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

O suspeito detido durante operação na comunidade São José Operário, conhecido como morro da Barão, na Praça Seca, zona oeste do Rio, negou ter participação no estupro coletivo da adolescente de 16 anos. As informações são do jornal O Globo.

Segundo o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investiga o caso, tanto o rapaz quanto os policiais envolvidos na operação serão ouvidos nesta tarde “para entender melhor a relação dele com o crime”.

“A princípio, ele não faz parte da investigação. Dependendo do que for falado, podemos incluir ou não. Pode ser que mais pessoas sejam ouvidas neste final de semana. A vítima disse que não conhece ninguém. Vou pedir a prisão de quem? Pessoas armadas que frequentam a localidade? Não podemos ser levianos”, disse Thiers.

A operação começou na manhã deste sábado e, de acordo com a PM, 70 agentes de sete batalhões participam da ação. Eles contam com apoio de helicóptero, veículos blindados e do Batalhão de Ação com Cães (BAC). Além de capturar os agressores, a ação visa a “dar maior sensação de segurança à população”, diz a corporação em nota.

Os agentes do Grupo de Ações Táticas da PM também recuperaram três carros roubados e apreenderam 1.482 papelotes de cocaína e 2.179 trouxinhas de maconha.

O Morro da Barão é o local onde a adolescente foi estuprada por 33 homens, segundo o depoimento da própria jovem à polícia. Na sexta-feira, a Polícia Civil já havia realizado uma operação para cercar a casa onde teria ocorrido o crime. Foi feita perícia no local. Roupas e material usado na ‘endolação’ de drogas também foram apreendidos. Fotos divulgadas pela assessoria de imprensa da Polícia Civil mostram uma cama e uma televisão.

Durante a operação deste sábado (28), na chegada dos policiais militares à favela, ainda de manhã, não houve resistência, de acordo com a PM. Porém, no ponto alto do morro, próximo à mata, alguns criminosos dispararam contra os agentes e houve “breve confronto”, sem feridos.

O suspeito foi levado para a Central de Garantias da Polícia Civil, que fica na Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas na zona norte do Rio. As investigações do caso estão a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), porque imagens do crime em vídeo circularam pela internet e em redes sociais.

Defesa
Ainda neste sábado, a advogada da jovem de 16 anos afirmou vai pedir o afastamento do delegado Alessandro Thiers das investigações. Segundo a advogada Eloísa Samy Santiago investigador teria conduzido o interrogatório de forma inadequada. “Ele perguntou à vítima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo”, contou.

Com informações da Agência Estado

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