Suspeito de arrastar cachorro até a morte diz que queria sacrificá-lo
O delegado que investiga o caso afirma que não acredita nessa versão e explicou que, mesmo que ela seja verdadeira, não justifica o crime
atualizado
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Após ser preso, nessa terça-feira (13/10), um homem, de 32 anos, suspeito de amarrar um cachorro no carro e arrastá-lo até a morte, confessou o crime e prestou depoimento à polícia. Ele contou que achou o animal doente e queria sacrificá-lo. O caso aconteceu no município de Jaguaré, no norte do Espírito Santo. As informações são do G1.
O titular da delegacia de São Mateus, Leonardo Malacarne, afirmou: “Ele mora em São Mateus. Contou que estava em Jaguaré desde sábado na casa de amigos. Ele saiu de casa, viu o cachorro na frente do carro dele, e, segundo ele, o cachorro estava aparentemente doente, com fome, agonizando. Diante dessa situação, ele achou que seria interessante sacrificá-lo. Ele pegou uma corda, um varal que tinha no carro, pegou o cachorro, amarrou no para-choque e o arrastou”.
Para o delegado, no entanto, a história não foi convincente. Ele disse que não acredita na versão do suspeito e acrescentou que, mesmo que ela seja verdadeira, não justifica o crime.
Relembre
Imagens gravadas por câmeras de segurança registraram o momento em que carro do suspeito passa em alta velocidade com o animal amarrado por uma corda na parte traseira. O caso aconteceu na noite dessa segunda-feira (12/10).
Veja as imagens:
Em outros registros, é possível perceber que o homem aparece descendo do carro e cortando a corda que prendia o animal ao veículo. Em seguida, ele entra no carro e vai embora. O corpo do cachorro ficou na rua.
Um boletim de ocorrência foi registrado, após uma Organização Não Governamental (ONG) de proteção aos animais ter acesso às imagens. Após enorme comoção, o carro do suspeito foi visto por moradores, que o cercaram.
A Polícia Civil informou que o homem foi autuado em flagrante por por maus-tratos aos animais. Como a pena é de dois a cinco anos de prisão, depois da sanção da nova lei contra maus-tratos a animais, não cabe fiança. O suspeito será encaminhado para o Centro de Detenção Provisória, onde passará por audiência de custódia.