SUS: um em cada 10 bebês nascidos vivos são filhos de adolescentes
No Rio Grande do Norte, 5.652 crianças frutos de gravidez precoce nasceram entre 2010 e 2021
atualizado
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De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), um em cada 10 bebês nascidos vivos no Brasil são filhos de crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos de idade. O número, porém, seria ainda mais expressivo se os casos de óbitos materno-fetais e abortos fossem contabilizados.
No Rio Grande do Norte, o levantamento do Instituto Santos Dumont (ISD) aponta o nascimento de 5.652 crianças com mães nessa faixa etária, entre 2010 e 2021, o que representa média de 471 partos por ano.
A porcentagem, se comparada ao número total de nascimentos no estado, varia entre de 1,2% e 0,7%. Apesar do decréscimo geral, a situação continua a apresentar índices relativamente altos, principalmente no que diz respeito à gestação de meninas entre 10 e 14 anos.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definem o período de 10 e 19 anos como o ciclo em que ocorre a transição da infância para a vida adulta, integrando diversas mudanças e adaptações do organismo. Por esse motivo, a gravidez representa risco, pelo aumento de chances de ocorrerem complicações durante a gestação.
No Distrito Federal, a preocupação com o assunto resultou na lei que obriga as escolas a informarem ao Ministério Público (MP), à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e ao Governo do Distrito Federal (GDF) sobre a existência de alunas grávidas que têm até 14 anos.