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Surto de gripe no país faz estados cobrarem envio de mais testes

Foram notificados ao menos 2,9 mil casos da H3N2 pelo Brasil, sendo que 21 pessoas morreram por complicações da doença

atualizado

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Aline Massuca/ Metrópoles
vacinação contra gripe na rocinha rj
1 de 1 vacinação contra gripe na rocinha rj - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

O surto de gripe, causado pelos subtipos H1N1 e H3N2 do vírus da influenza A, ligou o alerta das secretarias estaduais de Saúde por todo o Brasil. Apesar de alegarem, por ora, insumos suficientes para testes, governos locais já acionaram o Ministério da Saúde para que o estoque seja ampliado.

Questionadas pelo Metrópoles sobre a quantidade disponível de exames para detecção da doença, das 27 secretarias estaduais de Saúde, 11 confirmaram contato com a pasta ministerial.

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Após os casos de gripe se alastrarem no Rio de Janeiro e na Bahia, os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais também estão em alerta contra os vírus da família influenza
Os vírus da influenza costumam se espalhar durante o inverno, mas os patógenos encontraram espaço para se disseminar agora que as pessoas estão retomando a vida normal
O influenza compreende 3 tipos de vírus A, B e C. Os mais preocupantes são os vírus influenza A e B. Nos vírus influenza A, se destacam os subtipos A/H1N1 e A/H3N2. Os atuais surtos parecem estar relacionados ao H3N2
O vírus sazonal circula entre os humanos desde 1968, quando houve uma epidemia em Hong Kong. Porém, foi a partir de 2005 que começou a circular globalmente
A variante H3N2 atinge principalmente idosos e crianças. Nesses grupos, os sintomas podem ser mais graves
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Após os casos de gripe se alastrarem no Rio de Janeiro e na Bahia, os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais também estão em alerta contra os vírus da família influenza

Seksan Mongkhonkhamsao/GettyImages
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Os vírus da influenza costumam se espalhar durante o inverno, mas os patógenos encontraram espaço para se disseminar agora que as pessoas estão retomando a vida normal

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O influenza compreende 3 tipos de vírus A, B e C. Os mais preocupantes são os vírus influenza A e B. Nos vírus influenza A, se destacam os subtipos A/H1N1 e A/H3N2. Os atuais surtos parecem estar relacionados ao H3N2

CDC/SCIENCE PHOTO LIBRARY/GETTY IMAGES
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O vírus sazonal circula entre os humanos desde 1968, quando houve uma epidemia em Hong Kong. Porém, foi a partir de 2005 que começou a circular globalmente

Guido Mieth/GettyImages
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A variante H3N2 atinge principalmente idosos e crianças. Nesses grupos, os sintomas podem ser mais graves

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A transmissão do vírus H3N2 acontece por meio de gotículas que ficam suspensas no ar quando a pessoa gripada tosse, fala ou espirra. O contágio também pode acontecer por meio do contato direto com pessoas infectadas

Bambu Productions, Getty Images
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A gripe é menos letal que a Covid, mas os sintomas podem ser piores. Eles incluem febre alta, calafrios, dor muscular, dor de cabeça, náusea, mal-estar, falta de apetite e sensação de moleza

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O tratamento para os vírus influenza é feito com medicações sintomáticas como antigripais, analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Também é recomendado repouso, ingestão de líquidos e alimentação leve

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O imunizante protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B

Hugo Barreto/Metrópoles
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A recomendação é que as pessoas evitem permanecer muito tempo em ambiente fechado com aglomerações. Além disso, evitar levar as mãos aos olhos e à boca antes de lavá-las

Ricardo Wolffenbuttel/Governo de SC
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Uma nova variante da H3N2, denominada Darwin, tem chamado a atenção de especialistas, após um surto de casos no hemisfério norte. Porém, não há dados que comprovem a eficácia da vacina contra essa variante

Fernando Frazão/Agência Brasil

É o caso, por exemplo, da Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins. Segundo dados do governo local, nas últimas semanas, houve demanda por mais testes em virtude da sazonalidade da doença e do aumento de casos.

“Mesmo não havendo falta de kits, o Laboratório Central faz a requisição junto ao Ministério da Saúde, pleiteando a manutenção de estoques suficientes para o atendimento das demandas por esse tipo de testagem”, explicou, em nota.

Santa Catarina seguiu a mesma tendência. “A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio do Laboratório Central (Lacen), tem em torno de 2,5 mil testes em estoque. A pasta aguarda o envio de mais por parte do Ministério da Saúde”, justificou.

Na capital do país, a quantidade disponível de exames, segundo a secretaria, é suficiente para a demanda atual. “O estoque de kits no DF é suficiente para 3.500 pessoas, sendo feitas solicitações mensais ao Ministério da Saúde, ou emergenciais, sempre que necessário, para que não haja desabastecimento”, resumiu.

Alguns estados, no entanto, alegam falta de respostas por parte do governo federal. Um deles é a Bahia. “O Ministério da Saúde sinalizou que não há testes para descentralizar e que faria uma aquisição, no entanto, não há previsão para tal ação. Com o consumo atual, nosso estoque dura entre 9 e 10 meses. Porém, caso haja um aumento expressivo de casos de influenza, esse estoque pode ser consumido rapidamente”, detalhou.

Pela regra, os pedidos de insumos são realizados pelos estados, mensalmente, e dispensados de acordo com a disponibilidade de estoque da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde (CGLAB), do Ministério da Saúde.

Blecaute atrapalha

No Acre, a situação é imprecisa. Segundo nota da secretaria do estado, a falha nos sistemas do SUS comprometem o monitoramento da doença. “O ataque de hackers aos sistemas do Ministério da Saúde, que prejudicou o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (SIVEP-GRIPE), nos deixou sem acesso aos dados, bem como as unidades e vigilância estão impedidas de notificar, extrair dados, dentre outras ações”, admitiu a pasta.

“Percebemos pela procura nas unidades de saúde que há um aumento da população com quadro de síndrome gripal. Devido ao ‘apagão’ no sistema, o estado não acessa os dados dos demais municípios, portanto, a verificação está sendo feita mediante informe semanal, verificando, assim, o aumento de síndrome gripal também nos municípios”, concluiu.

H3N2 pelo Brasil

O mesmo levantamento constatou que já foram notificados ao menos 2,9 mil casos de H3N2, sendo que 21 pessoas morreram por complicações da doença.

Até essa terça (28/11), estados que mais notificaram casos da gripe foram Amazonas (772), Bahia (623), Rondônia (485), Ceará (264) e Pernambuco (217). E pelo menos cinco estados já registraram mortes após contaminação pelo H3N2: Rio de Janeiro (7), Bahia (7), Pernambuco (3), Paraná (1), Espírito Santo (2) e Rio Grande do Sul (1).

Apesar dos números, as autoridades sanitárias ainda não tratam a situação como epidemia.

Versão oficial

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para questionar sobre estoques e apresentar as queixas das secretarias de Saúde, mas não obteve resposta até a mais recente atualização deste texto. O espaço continua aberto a esclarecimentos.

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