Apontado como sucessor de Zinho, Pit é morto a tiros no Rio
Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, era um dos responsáveis por cuidar da parte financeira da organização criminosa, o Bonde do Zinho
atualizado
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Um dos homens apontados como sucessor do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi morto a tiros na comunidade Três Pontes, em Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (29/12).
Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, era um dos responsáveis por cuidar da parte financeira da organização criminosa, chamada de Bonde do Zinho.
Testemunhas relataram que uma criança de 9 anos foi atingida pelos disparos na região. A Polícia Militar (PM) confirmou que a vítima, que brincava em uma praça, foi levada ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.
A região está com policiamento reforçado. A investigação do caso está sob comando da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Corpo em carro
Pit era considerado o braço direito de Zinho. Ele chegou a ser preso pela Polícia Civil em maio de 2019, mas acabou solto em setembro deste ano.
O crime, que resultou na morte de Pit, aconteceu por volta das 10h, na Rua Cerquilho. Os policiais encontraram o corpo dele em um Gol branco.
De acordo com a PM, policiais do 27ºBPM (Santa Cruz) foram acionados para a ocorrência. No local, encontraram o cadáver, isolaram o local e acionaram a Polícia Civil, além de terem reforçado policiamento no local.
“Ainda na mesma ação, os agentes receberam a informação de que uma segunda vítima dos disparos de arma de fogo, uma criança, foi levada ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz.”, diz a nota. Segundo a PM, a criança teria sido atingida por estar brincando numa praça.
Quem é Zinho
Líder da milícia que domina a zona oeste do Rio de Janeiro e o miliciano mais procurado do estado, Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, de 44 anos, se entregou à Polícia Federal na véspera do Natal.
Zinho era considerado foragido desde 2018. De lá para cá, já são 12 mandados de prisão em aberto contra ele.
Segundo a polícia, foi o Bonde do Zinho que realizou uma série de ataques no Rio de Janeiro em outubro, com a queima de ônibus e um trem.
Zinho herdou a milícia do irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, assassinado em junho de 2021. Ecko era considerado o principal miliciano do Rio de Janeiro.
Depois da morte de Ecko, teve início uma verdadeira guerra interna entre milicianos, que disputavam o vazio de poder deixado com a ausência do irmão de Zinho.
Um outro irmão de Zinho, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, foi morto em uma ação policial em abril de 2017.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, Zinho estava com medo de ser morto e por isso se entregou.