Cantora gospel fake é presa suspeita de homicídio cometido há 23 anos
Crime ocorreu em Goiás, mas a suspeita acabou presa no Pará. Segundo a polícia, a mulher se apresentava como cantora gospel e nome falso
atualizado
Compartilhar notícia
Goiânia – Uma mulher foi presa na região de Xinguara, no Pará, suspeita de um assassinato cometido há mais de 20 anos em Goiás. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a vítima, Leandro Farias Xavier, trabalhava em um motel e morreu em abril de 2001 com um tiro na cabeça. A suspeita é de que tenha sido um crime encomendado.
De acordo com a corporação, a suspeita se apresentava como cantora gospel. Além dela, o marido e a cunhada são suspeitos do crime. No entanto, o companheiro da suposta cantora morreu em 2014, e a cunhada foi detida em março deste ano, em Aracaju (SE).
A mulher foi presa na última terça-feira (9/4), após investigação conduzida pelo delegado Adriano Melo e demais policiais da Divisão de Capturas, da Polícia Civil de Uruaçu.
Crime por encomenda
O assassinato de Leandro ocorreu em 4 de abril de 2001. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos conheciam a vítima. A suspeita, à época da investigação do crime, é de que tenha sido uma morte encomendada.
Os investigadores detalharam que, no dia do homicídio, que ocorreu no motel onde Leandro trabalhava, os suspeitos ficaram em um quarto do estabelecimento e pediram um sabonete emprestado à vítima. Quando Leandro se abaixou para passar o produto por baixo da porta do quarto, levou um tiro na cabeça.
De acordo com a PCGO, a suposta cantora gospel foi qualificada e indiciada em setembro de 2002 com nome falso na primeira investigação, o que fez com que ela permanecesse foragida por mais de 20 anos. Foi necessária uma segunda apuração, que durou cerca de três anos, para que o nome fosse corrigido, com aval do Judiciário, e a suspeita, presa.
A cunhada e o marido da suposta cantora, também suspeitos, foram indiciados em outubro de 2001. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos também foram denunciados pelo Ministério Público.