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Suplicy pede explicações a Covas sobre falta de pagamento do auxílio de R$ 100

O vereador afirma que é coerente que 18 mil famílias recebam a Renda Básica Emergencial antes de uma possível prorrogação do benefício

atualizado

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(Jefferson Rudy/Agência Senado)
Eduardo Suplicy
1 de 1 Eduardo Suplicy - Foto: (Jefferson Rudy/Agência Senado)

São Paulo – O vereador Eduardo Suplicy (PT) irá pedir explicações ao prefeito Bruno Covas (PSDB) sobre a falta de pagamento do auxílio de R$ 100 a milhares de pessoas em São Paulo. O Metrópoles revelou no último sábado (2/1) que a prefeitura não depositou o valor da Renda Básica Emergencial para cerca de 18 mil famílias em toda a capital. A promessa do município era pagar as três parcelas até 31 de dezembro. 

“O prefeito mencionou em seu discurso de posse que está considerando prorrogar a renda básica emergencial. Tão importante quanto prorrogar é atender às famílias que têm direito a esse benefício. Não pode haver burocracias agora”, afirma.

Suplicy enviou um e-mail para o prefeito Bruno Covas, além da secretária de Desenvolvimento e Assistência Social, Berenice Giannella, e do secretário da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. “De forma construtiva, gostaria de sugerir que a prefeitura possa empreender esforços para resolver a situação. O que, segundo consta, diz respeito a dificuldades relacionadas à abertura de contas na Caixa Econômica Federal”, diz em mensagem.

Em contrapartida, a prefeitura alega que está impedida de pagar os beneficiários por conta de documentação irregular ou informações incompletas no cadastro. Em princípio, a gestão Covas prometeu pagar três parcelas de R$ 100 para 480 mil famílias.

Pedidos de ajuda para Suplicy

Defensor da pauta, o vereador de 79 anos ajudou a elaborar o Projeto de Lei (PL) 620/2016, de autoria de Fernando Haddad, que resultou na Renda Básica Emergencial. O socorro financeiro para pessoas em situação de vulnerabilidade social em meio à pandemia foi aprovado em 22 de outubro. Mas Covas sancionou o projeto em 13 de novembro,  às vésperas do primeiro turno das eleições municipais.

A reportagem apurou que o gabinete de Suplicy tem recebido dezenas de e-mails de paulistanos que ainda não tiveram acesso à renda básica.

“Esse dinheiro é fundamental para as famílias, sobretudo aquelas cujo chefe de família ou a chefe de família, uma mãe solo, não está empregada no momento. É o caso de muitas delas”, assinala Suplicy.

Renda básica 

A Renda Básica Emergencial inclui pessoas inscritas no Bolsa Família até setembro de 2020. Também vale para ambulantes que atendam aos critérios do Bolsa Família e que possuam Termo de Permissão de Uso (TPU) vigente ou que tenham cadastro no sistema Tô Legal! para o comércio ou prestação de serviços ambulantes.

O calendário de pagamento do auxílio foi iniciado em 9 de dezembro, a partir do número final do NIS (Número de Identificação Social).

Em resposta ao problema, a prefeitura emitiu uma nota ao Metrópoles. “Ainda há casos de contas que não foram abertas automaticamente de pessoas com documentação ou CPF irregulares ou alguma informação incompleta no cadastro. Para esses casos, a prefeitura e a Caixa estão tomando as ações necessárias para que essas contas sejam abertas o mais breve possível.”

No entanto, a prefeitura ainda não estipulou uma data para resolver todos os casos pendentes.

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