Superintendente de Trânsito é afastado suspeito de agredir ex-namorada em Goiás
Segundo boletim de ocorrência, mulher disse que chegou a ser enforcada e agredida pelo suspeito. Ele nega as acusações
atualizado
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O superintendente de Trânsito de Senador Canedo, na região metropolitana da capital goiana, Wilson Carlos da Silva, foi afastado do cargo suspeito de agredir a ex-namorada. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil de Goiás (PCGO), ela disse que chegou a ser enforcada por ele. Wilson nega as acusações.
A mulher, que não quis ter a identidade divulgada, contou que foi agredida no dia 9 de outubro, mas só registrou a ocorrência depois do feriado prolongado do dia 12 seguinte. Segundo informações repassadas por ela à polícia, os dois estavam em um bar e começaram a discutir. Ele a teria enforcado no momento em que entraram no carro para irem embora.
Depois, de acordo com a investigação, a mulher pegou pertences na casa e foi novamente agredida ao sair. “Chegou um determinado momento em que ele pegou, segurou no meu rosto com a mão, com força, e batia a minha cabeça no vidro do carro”, contou ela.
A mulher disse que, em agosto deste ano, já havia sofrido outra agressão por parte dele. Na ocasião, segundo informações repassadas pela polícia, o superintendente teria feito ofensas contra ela e passado com pneu do carro sobre o pé dela, na frente das filhas dele. Na época, a moça chegou a fazer fotos.
Por causa da demora em conseguir registrar o boletim de ocorrência, a mulher relatou que não conseguiu mostrar as marcas de hematoma. Ela também disse não ter foto das lesões mais recentes, apenas as da primeira agressão.
A Prefeitura de Senador Canedo informou que repudia qualquer tipo de violência e que o servidor ficará afastado das funções até que os fatos sejam esclarecidos.
O superintendente vai responder em liberdade e será ouvido ao final das investigações. Ele disse que recebeu com consternação as acusações, mas nega que tenha passado com o carro sobre o pé da mulher, enforcado ela ou feito ofensas.
A delegada Thaynara Andrade afirmou que o caso vai ser investigado, assim como a possível demora no registro da ocorrência. “Vamos verificar se houve algum tipo de omissão dos agentes públicos em relação ao atendimento a essa vítima, que merecia um amparo naquele momento em que ela alegou que estava ocorrendo o crime”, disse.