Sumiço de Edson Davi faz 2 meses e família reclama: “Filho de pobre”
“Se fosse filho de rico já tinham encontrado quem levou, quem raptou. Só que o Edson Davi é filho de barraqueiro”, diz mãe do menino
atualizado
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Completa dois meses, nesta segunda-feira (04/3), o desaparecimento do menino Edson Davi Silva de Almeida. Ele brincava próximo à praia do Posto 4, na Barra da Tijuca, quando sumiu no dia 4 de janeiro.
A mãe, Marize Araújo, segue sem respostas, mas afirma que o filho foi sequestrado ou raptado. “Se fosse filho de rico já tinham encontrado quem levou, quem raptou. Tem muito tráfico de criança. Só que o Edson Davi é filho de barraqueiro, é filho de pobre”, disse a mãe da criança que completou 7 anos no dia 25 de fevereiro.
A polícia não encontrou indícios para essa hipótese, e o afogamento é a principal linha de investigação. Entretanto, os parentes descartam essa suposição afirmando que o menino tinha medo de entrar na água.
Dia do desaparecimento de Edson Davi
No dia 4 de janeiro, salva-vidas sinalizaram com bandeiras vermelhas que as condições do mar estavam perigosas para banhistas devido à correnteza.
O Corpo de Bombeiros informou que ampliou a área de buscas no mar para todo o estado.
“Todas as equipes de guarda-vidas de serviço estão a postos, atentas ao surgimento de novos pontos de interesse ou indícios da vítima”, diz a corporação em nota. E acrescenta que “todos os recursos, como motos-aquáticas, quadriciclos, botes infláveis avançados, mergulhadores, aeronaves, drones e sonares do tipo side scan, seguem à disposição da operação”.
Segundo as imagens obtidas pela Delegacia da Descoberta de Paradeiros (DDPA), o menino foi visto em um quiosque a 90 metros da barraca do pai, caminhando sozinho pelo calçadão da praia, jogando futebol, altinha e andando próximo ao mar.
A esperança da mãe
Marize afirma que parte dos documentos não estão sendo fornecidos a ela e ao novo advogado que representa a família do Édson.
No aniversário dele, os pais promoveram mais uma manifestação na orla da Barra. “Edson Davi está vivo. Ele não se afogou. Ele chama por nós”, dizia um dos cartazes. Quando o desaparecimento completou um mês, em 4 de fevereiro, outro ato tinha sido realizado.
O que diz a Polícia Civil
Procurada pelo portal Extra, a PC informou que a DDPA continua investigando para esclarecer todos os fatos e que diversas linhas de investigação foram consideradas e todas as denúncias foram apuradas, inclusive, em outros estados.
Em nota, a DDPA, disse que ouviu familiares e testemunhas. “Uma testemunha narrou que viu o menino entrar no mar por três vezes, enquanto jogava futebol com outra criança, tendo o pai, inclusive, chamado a atenção do filho”, aponta o comunicado.
“Outra testemunha relatou que, anteriormente, a criança teria pedido uma prancha emprestada para entrar na água, mas que ele não atendeu ao pedido porque o mar estava revolto. Em depoimento, o homem que trabalha com o pai dele afirmou que também teria pedido para o menino sair da água, tendo em vista as condições do mar”, conclui a nota.