Sucessão no Senado: Lula não deve entrar em campo, diz Jaques Wagner
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner diz que presidente não deve ter candidato, mas é possível ter “uma torcida” por algum parlamentar
atualizado
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O líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta terça-feira (15/10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve “entrar em campo” na disputa pela sucessão na presidência do Congresso.
O mandato de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à frente do Senado se encerra em fevereiro de 2025, mas as articulações em torno da eleição para o novo comando da Casa já começaram. O favorito na disputa é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
“Eu acho que o presidente não vai entrar em campo, é outro poder. Espero que seja quem for em qualquer das duas casas saiba que um presidente da Câmara ou do Senado, ele não é líder do governo, mas ele não deve ser líder da oposição, ele pode ter sua convicção, mas ele não pode virar líder”, disse Jaques à jornalistas.
Apesar de declarar que Lula não deve entrar na disputa, o líder admitiu que “neutro nunca ninguém é” e que é possível que o Planalto fique na torcida por algum candidato.
“Neutro nunca ninguém é. Há uma torcida mesmo que você não entre em campo”, argumentou o líder do governo. Segundo Jaques, o mais importante para o governo é um pacto pelas matérias prioritárias e não a ocupação de cargos.
Na próxima semana, o senador vai se afastar do cargo de líder para fazer uma cirurgia no tornozelo. Apesar de ser uma cirurgia considerada simples, Jaques vai precisar ficar sem pisar o pé no chão por no mínimo 21 dias, o que vai afastá-lo da liderança do governo pelo período.