Substância usada para envenenar mãe e filho é “extremamente tóxica”
Mãe e filho morreram após serem envenenados durante um café da manhã em Goiânia (GO). Principal suspeita é ex-nora de vítima
atualizado
Compartilhar notícia
O laudo das mortes de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 85, mãe e filho vítimas de envenenamento em Goiânia (GO), apontou que os óbitos foram causados por uma substância altamente tóxica.
A Polícia Científica de Goiás não divulgou o nome do elemento por questões de segurança, mas afirmou que trata-se de um óxido inorgânico, geralmente utilizado na indústria.
De acordo com a chefe do laboratório de análises químicas e toxicológicas do órgão, Mayara Cardoso, o composto é “extremamente tóxico” e é difícil de ser adquirido. “Pequenas quantidades dessa substância já é capaz de causar danos irreversíveis ao organismo”, afirmou.
Mãe e filho morreram em 17 de dezembro, após terem vômito, diarreia e dores abdominais, horas depois de um café da manhã. Eles chegaram a ser internados, mas não resistiram.
Os investigadores analisaram amostras de quatro bolos de pote servidos na refeição. Em duas delas foram encontrados vestígios da substância.
“Dos doces coletados, apenas dois continham esse óxido inorgânico. Os outros dois estavam isentos. Também foi analisado o lote entregue à Polícia Científica e esse lote também estava isento desse óxido inorgânico”, pontua o perito criminal e integrante da divisão de comunicação da Polícia Científica, Olegário Augusto. “Então, o que faz a gente inferir que essa substância foi adicionada à posteriori. Não foi encontrada nem mesmo em todos os potes que foram servidos durante o café da manhã naquele dia”, completa.
Envenenamento de mãe e filho
A principal suspeita de cometer o crime é a advogada Amanda Partato, de 31 anos, presa desde o dia 20 de dezembro. O crime teria sido motivado pelo sentimento de rejeição da mulher, que teve um breve relacionamento com o médico Leonardo Pereira Alves Filho, filho de Leonardo Pereira Alves, uma das vítimas.
A advogada nega o crime. Ela tem transtorno mental e se apresentava nas redes sociais como psicóloga, mas o Conselho de Psicologia diz que a jovem não tem registro profissional.