STJ nega liberdade à esposa de Ronnie Lessa, presa por tráfico de armas
Elaine Lessa foi presa preventivamente após ter sido denunciada com o marido por tráfico internacional de armas
atualizado
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Rio de Janeiro – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de habeas corpus em favor de Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa do policial militar reformado Ronnie Lessa, preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Elaine foi presa no dia 18 deste mês acusada de tráfico internacional de armas. Ela e o marido foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF).
A decisão de mantê-la presa preventivamente foi do ministro Jorge Mussi. No documento, ele coloca que indeferiu o pedido porque o tribunal de origem – o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) – ainda não julgou juridicamente a ação.
“A matéria não pode ser apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça, pois não foi examinada pelo Tribunal de origem, que ainda não julgou o mérito do writ originário”, diz trecho da decisão.
Mussi também declarou não ter constatado “flagrante ilegalidade” no caso.
Há uma semana, o TRF-2 também negou um pedido de soltura realizado pela defesa de Elaine Lessa.
De acordo com o MPF, ela e Ronnie eram sócios de uma academia em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, onde seria entregue uma carga com 16 quebra-chamas que podem ser adaptados em fuzis, no ano de 2017. O material foi apreendido no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na zona norte, antes de chegar ao destino.
Dois dias antes de ser presa por tráfico de armas, Elaine havia sido libertada após ser condenada pela Justiça, com Ronnie e mais três pessoas, por destruição de provas do caso Marielle. O grupo elaborou o plano de descartar as armas utilizadas nos assassinatos e jogou o armamento no mar da Barra da Tijuca, na zona oeste.