STJ nega habeas corpus e mantém prisão de ex-governador do Tocantins
O ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse foi preso por suspeita de planejar uma fuga para o exterior
atualizado
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O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, negou habeas corpus e, com isso, manteve a prisão do ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse. Ele está preso preventivamente desde 15 de dezembro por suspeita de planejar uma fuga para o exterior em meio a investigações.
O ex-governador é suspeito de crimes como fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. O planejamento da fuga do Brasil teria contado com ações como obtenção de um documento de identidade, autorização para residência fixa e abertura de conta bancária, todos no Uruguai.
O ministro do STJ rejeitou o pedido da defesa por considerar que o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) ainda não julgou o mérito do habeas corpus originário. Em decisão liminar a Corte rejeitou o pedido por considerar que havia provas suficientes do planejamento da fuga.
O político ainda teria alugado imóvel na Itália e obtido um passaporte europeu. Ele foi detido em 15 de dezembro a caminho de uma fazenda de sua propriedade, chamada Joia Rara, no município de São Salvador, sul do estado.
Os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Palmas, e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) prendeu o ex-governador.
Carlesse foi eleito para o governo do estado em 2018, e permaneceu no cargo até o fim de 2021, quando foi afastado pelo STJ. À época, a Justiça o considerou culpado por suspeita de corrupção em um esquema de recebimento de proprinas e interferência na Polícia Civil.