STJ mantém prisão de médica colombiana por morte de mulher em lipo
A médica foi denunciada pelo MPRJ por homicídio com dolo eventual e fraude processual. Ela está presa preventivamente desde 12 de julho
atualizado
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A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, indeferiu pedido de soltura da médica Eliana Maria Jimenez, presa pela acusação de ter causado a morte da cozinheira Ingrid Ramos, 41 anos, em uma lipoaspiração.
A ministra manteve decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), que decretou prisão preventiva da médica, em 11 de julho, nos autos da ação penal em que foi denunciada por homicídio com dolo eventual e fraude processual.
A médica colombiana foi presa preventivamente sob a suspeita de ter causado a morte da paciente submetida a uma lipoaspiração. A defesa dela entrou com habeas corpus, que foi negado pela presidente do STJ.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, a lipoaspiração foi realizada sem a presença de equipe cirúrgica, médico anestesista ou qualquer outro auxiliar técnico. Durante a operação, a médica teria aplicado solução anestésica com lidocaína, momento em que a paciente começou a ter convulsões, morrendo em seguida.
Após a morte, a médica teria tentado retirar do consultório os materiais usados na cirurgia, levando-os em uma sacola para o consultório dentário de seu marido.
Ela foi denunciada por homicídio doloso (porque, segundo o MP, ela teria assumido o risco de produzir o resultado morte) e por fraude processual (em razão da tentativa de alteração da cena do crime).