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STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio

O chefe do Executivo estadual é alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de desvios na área da Saúde

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STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio
1 de 1 STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28/8), o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), do cargo. O chefe do Executivo estadual é investigado por irregularidades na área da Saúde.

A determinação é do ministro Benedito Gonçalves. A Corte também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do PSC; Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Sebastião Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda, e Iran Pires Aguiar, gestor de finanças da saúde do governo Witzel. Todos já foram detidos.

A medida contra Witzel tem validade de 180 dias. Com o afastamento do governador, quem assume o estado de forma temporária é o vice-governador Cláudio Castro (PSC).

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Witzel foi citado em delação por ter indicado o município de Duque de Caxias para receber os repasses do Fundo Estadual de Saúde
Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
Wilson Witzel, como então candidato do PSC ao governo fluminense, apoiou Jair Bolsonaro
O Ministério Público Federal (MPF) apesentou a modalidade de desvio na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder de organização criminosa
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Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro

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Witzel foi citado em delação por ter indicado o município de Duque de Caxias para receber os repasses do Fundo Estadual de Saúde

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Governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

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Wilson Witzel, como então candidato do PSC ao governo fluminense, apoiou Jair Bolsonaro

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O Ministério Público Federal (MPF) apesentou a modalidade de desvio na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder de organização criminosa

JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, mira, além de Wilson Witzel, a cúpula do governo do Rio de Janeiro por corrupção em contratos públicos do estado.

“Os fatos não só são contemporâneos como estão ocorrendo e, revelando especial gravidade e reprovabilidade, a abalar severamente a ordem pública, o grupo criminoso agiu e continua agindo, desviando e lavando recursos em pleno pandemia da Covid-19, sacrificando a saúde e mesmo a vida de milhares de pessoas, em total desprezo com o senso mínimo de humanidade e dignidade, tornando inafastável a prisão preventiva como único remédio suficiente para fazer cessar a sangria dos cofres públicos, arrefecendo a orquestrada atuação da ORCRIM”, destacou o ministro do STJ na decisão.

Além de mandados de prisão preventiva, os agentes cumprem ordem de busca e apreensão contra a primeira-dama Helena Witzel, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), André Ceciliano, e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

O ministro determinou a prisão preventiva de seis investigados: o empresário Mário Peixoto, Alessandro de Araújo Duarte, Cassiano Luiz da Silva, Juan Elias de Paula, Gothardo Lopes Netto e Lucas Tristão do Carmo.

Juan Elias de Paula, operador financeiro do grupo do empresário Mário Peixoto, já está preso.

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), cumpre também 72 mandados de busca e apreensão nos palácios Laranjeiras e Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, como também em outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, além do Distrito Federal.

Investigações

O afastamento de Witzel ocorreu após delação premiada do ex-secretário de Saúde do estado Edmar Santos. Ele foi preso em julho deste ano.

Edmar Santos foi exonerado do cargo no dia 17 de maio pelo governador Wilson Witzel, após o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagarem a Operação Favorito, para investigar possíveis fraudes na compra de respiradores.

O governador do Rio responde a três inquéritos no STJ, dois deles abertos por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). E também enfrenta processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

As investigações apuram suposto envolvimento de Witzel em desvios de recursos da Saúde durante a pandemia de Covid-19.

Além das investigações em andamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o governador Wilson Witzel, a primeira-dama Helena Witzel e mais sete pessoas por desvios na Saúde. De acordo com a PGR, foram feitos pagamentos por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel.

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