STJ amplia por um ano suspensão de magistrados do TJBA acusados de vender sentenças
Quatro desembargadores e dois juízes investigados na Operação Faroeste estão afastados pelo STJ desde novembro de 2019
atualizado
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Investigações sobre um grande esquema de venda de sentenças por magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia, iniciadas no segundo semestre de 2019, motivaram a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a renovar, por mais um ano, o afastamento de quatro desembargadores e dois juízes do TJBA investigados.
Permanecem afastados até fevereiro de 2022 os desembargadores Gesivaldo Nascimento Britto, José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel Leal e Maria do Socorro Barreto Santiago, e os juízes Sérgio Humberto de Quadros Sampaio e Marivalda Almeida Moutinho. Eles foram afastados de seus cargos pelo mesmo STJ em novembro de 2019, quando a Operação Faroeste foi deflagrada pela PF, com autorização da Corte.
A operação apura a atuação de uma suposta organização criminosa composta por advogados e servidores do TJBA, que fariam a intermediação na venda de decisões judiciais por desembargadores e juízes para favorecer grilagem de terras no oeste da Bahia.
Para o ministro Og Fernandes, relator da ação no STJ, a prorrogação do afastamento dos magistrados é justificada, pois a apuração dos fatos não foi concluída. “Logo, não é recomendável permitir que os denunciados reassumam suas atividades neste momento, pois o seu retorno pode gerar instabilidade e desassossego na composição, nas decisões e na jurisprudência do TJBA”, afirmou ele em voto acompanhado pelos 14 colegas da Corte Especial.
Fernandes lembrou que os fatos ainda não foram julgados e que, além da ação penal em questão, outras cinco denúncias criminais foram oferecidas pelo Ministério Público Federal ao STJ com o desdobramento das investigações.
A denúncia contra os magistrados na Ação Penal 940 foi recebida pela Corte Especial em maio de 2020.