STF revoga prisão preventiva de bicheiro acusado de mandar matar rival
Ministros decidiram não mandar para o banco dos réus o contraventor Rogério de Andrade, acusado do assassinato de Fernando Iggnácio
atualizado
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Rio de Janeiro – Por maioria de votos, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (22/2) revogar a prisão preventiva e não mandar para o banco dos réus o bicheiro Rogério de Andrade, acusado de ser o mandante da morte de Fernando Iggnácio.
O rival foi assassinado no estacionamento de um heliporto, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, em novembro de 2020.
Embora tenha revogado a prisão decretada pela Justiça do Rio, a Corte autorizou a continuidade das investigações.
“(…) No caso de surgimento de novos elementos de prova que efetivamente possam demonstrar a existência de justa causa, condição imprescindível da Ação Penal (…)”, diz trecho da decisão, com base no voto do ministro Nunes Marques.
O pedido para revogar a prisão foi feito pela defesa de Andrade, que alegou não haver provas de sua participação no crime.
De acordo com o Ministério Público, a morte de Iggnácio teria ocorrido devido à disputa entre contraventores pelo controle de pontos de exploração do jogo do bicho, videopôquer e máquinas de caça-níquel.
Andrade e Iggnácio, desde a morte de Castor de Andrade, em 1997, disputavam o território da máfia do jogo do bicho na zona oeste da cidade. Andrade é sobrinho de Castor e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel; Iggnácio é genro.