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STF recebe ação contra ministro da Educação por injúria a brasileiros

Ricardo Vélez Rodriguez deverá se explicar sobre declarações de que brasileiros são ladrões e se comportam como canibais

atualizado

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Rafael Carvalho/Governo de transição
Ricardo Vélez Rodrígues – MEC
1 de 1 Ricardo Vélez Rodrígues – MEC - Foto: Rafael Carvalho/Governo de transição

O advogado Marcos Aldemir Rivas enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma interpelação judicial criminal contra o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez. Em declarações dadas à revista Veja, no último fim de semana, ele comparou brasileiros a “canibais” quando saem do país.

A ação solicita que o STF expeça mandado de citação a Vélez para que ele preste esclarecimentos sobre o que foi declarado. O caso foi distribuído à ministra Rosa Weber. Caso prossiga, o colombiano poderá ser convocado pela ministra Rosa Weber para dar explicações sobre o que disse.

Rodriguez afirmou que o brasileiro, quando viaja, “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo”. O ministro classificou o turista brasileiro como “canibal”.

“Se isso tivesse acontecido nos Estados Unidos, na Europa, ele estaria expulso do país. Quando vem de um ministro da Educação, um dos ministérios mais importantes, é absolutamente gritante”, opinou o advogado responsável pela ação. Um dos clientes de Rivas é o PDT.

Reação
O ministro poderá tomar três atitudes: não comparecer para os esclarecimentos, fazer um mea culpa ou corroborar o que disse. Independentemente do que acontecer, Rivas vai entrar com um processo na Justiça Criminal por injúria, calúnia e difamação – o resultado desta ação varia de acordo com o que Rodriguez decidir fazer.

“Quero que ele me esclareça quem é o brasileiro que ele viu fazendo isso. Me senti ofendido e quero que ele me explique”, destacou Rivas.

Paralelamente, o advogado vai elaborar uma ação popular pedindo uma indenização por dano moral coletivo. “Isso é para que ele nunca mais ofenda os brasileiros. Ele já tem 75 anos, não vai ser punido criminalmente, mas eu vou incomodar, ele precisa ver que as coisas aqui não são assim. Ele vai ser obrigado a dar um monte de cestas básicas para pessoas que ofendeu”, garante.

Por fim, Rivas disse que planeja entrar com uma ação no Ministério da Justiça solicitando a cassação da naturalização brasileira do colombiano. “Ele foi recebido aqui pelo princípio da reciprocidade, fugido de uma guerra das Farc. Foi naturalizado brasileiro, teve a honra de ser nomeado ministro da Educação, e me diz uma barbárie, uma selvageria dessas. É um canibalismo intelectual”, avalia o advogado.

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