STF quer explicação de bolsonarista por “comparar” Felipe Neto a Marcola
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) comparou o influenciador e youtuber com criminosos condenados pela Justiça
atualizado
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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de 15 dias para que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO, foto em destaque) apresente respostas ao processo judicial movido pelo influenciador e youtuber Felipe Neto.
O influenciador digital apresentou um “pedido de explicações” contra o parlamentar bolsonarista na Suprema Corte por uma publicação realizada na conta do deputado no Twitter.
Em março, Felipe Neto compartilhou em seu perfil do microblog que faria parte do Fórum de Regulamentação das Redes Sociais, organizado pela Unesco. No fórum, o youtuber falou sobre o seu trabalho no combate à divulgação de informações falsas e a “qualquer forma de desinformação social”.
Em resposta, o deputado federal comparou o influenciador a Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). “Próximo passo será coloca o Marcola na luta contra as drogas e os Nardonis no ministério da família”, escreveu Gustavo Gayer.
Na solicitação, Felipe Neto pede que Gayer seja obrigado a esclarecer se conhece os crimes pelos quais Marcola, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram condenados e se “acredita que ser comparado a perigosos criminosos condenados pelo Poder Judiciário é ofensivo”.
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, se posicionou contra a ação apresentada pelo youtuber contra o deputado federal bolsonarista. Para ela, não há crimes na declaração de Gayer.