STF prorroga inquérito sobre ofensas a Moraes, mas não libera imagens
Ministro Alexandre de Moraes e familiares foram abordados, em julho, no Aeroporto de Roma. Inquérito no STF investiga ofensas e agressões
atualizado
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A investigação da Polícia Federal sobre possíveis agressões e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Itália foi prorrogada a fim de dar mais tempo aos peritos para fazer a análise dos vídeos enviados por autoridades daquele país. A decisão é do ministro Dias Toffoli, também do STF e relator do inquérito sobre o caso na Corte.
O episódio ocorreu em julho deste ano, no Aeroporto de Roma, quando Moraes e familiares teriam sido abordados e ofendidos por brasileiros. O filho do magistrado teria sido agredido com um tapa.
Toffoli também retirou o sigilo dos autos, mas manteve a reserva das imagens de câmeras de segurança do aeroporto, que foram enviadas pela Justiça italiana. O ministro alegou que a divulgação de imagens de pessoas suspeitas “é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não ocorre no caso”.
Na decisão, proferida nesta quarta-feira (4/10), Toffoli atendeu pedido da PF para ampliar o prazo da conclusão das investigações.
Os investigados no inquérito são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão e Alex Zanata Bignotto, que negam ter agredido Moraes e a família do magistrado.
No momento em que teria sido agredido, Moraes estava na Itália e voltava de uma palestra ministrada na Universidade de Siena.
Segundo a versão de Moraes, o filho dele teria sido agredido fisicamente, e o grupo de brasileiros o teria chamado de “bandido, comunista e comprado”. Os investigados negam a agressão física.