metropoles.com

STF pauta julgamento que pode tornar Ciro Nogueira réu

Prestes a ser nomeado ministro da Casa Civil de Bolsonaro, senador é acusado pela PGR de ter tentado comprar silêncio de testemunha

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, caminha pelo Senado de máscara. Ele olha para o lado e ao fundo sem veem jornalistas - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, caminha pelo Senado de máscara. Ele olha para o lado e ao fundo sem veem jornalistas - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que já conta com dois votos para torná-lo réu por obstrução de Justiça, deve ter a apreciação concluída entre os próximos dias 13 e 20 de agosto pelo plenário virtual.

A denúncia diz respeito a suposto crime cometido entre agosto de 2017 e março de 2018, quando o presidente do Progressistas teria atuado com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) para comprar o silêncio de um ex-assessor parlamentar, fazendo com que ele desmentisse depoimento que havia dado à Polícia Federal.

Apresentada pela ex-procuradora-geral Raquel Dodge em junho de 2018, a denúncia estava presa na burocracia da Corte até fevereiro deste ano, quando o ministro Gilmar Mendes liberou o texto para votação três anos após ter pedido vista (mais tempo para analisar).

O julgamento chegou a ser marcado para o dia 23 de fevereiro, mas não ocorreu e agora foi remarcado. Antes de Gilmar pedir vistas, a ministra Cármen Lúcia e o relator da ação, ministro Edson Fachin, votaram pelo recebimento da denúncia, para tornar réu o novo ministro do governo Bolsonaro. Faltam votar, além do próprio Gilmar Mendes, os ministros Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.

Outras investigações

A outra denúncia — feita já durante a gestão do PGR Augusto Aras, em fevereiro de 2020, mas assinada pela subprocuradora Lindôra Araújo — acusa o político de ter recebido R$ 7,3 milhões em propina da Odebrecht.

Nogueira é investigado no STF por suposto recebimento de propinas pagas pelo Grupo J&F em troca do apoio do PP à chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) nas eleições de 2014 e pelo também suposto pagamento de vantagens indevidas quando o partido abandonou a petista em meio ao processo de impeachment, em 2016.

Outro lado

Em nota divulgada após o anúncio de Nogueira para o ministério de Bolsonaro, seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o senador foi denunciado “num momento no qual havia, claramente, uma tendência de criminalização da política” e que as primeiras denúncias apresentadas contra o congressistas com motivações parecidas foram “rechaçadas” pela Corte.

“No inquérito 4407, que investigou supostos pagamentos pela Odebrecht, o que existe é apenas a versão dos delatores, que não se sustenta em nenhum outro elemento de corroboração. E que hoje já estão desmoralizados. O mesmo ocorre em relação ao inquérito 4736, que investiga fatos decorrentes tão somente da colaboração da JBS. Já o inquérito 4720, após o Ministro Edson Fachin receber a denúncia, pediu vistas o Ministro Gilmar. A defesa confia na rejeição pelo colegiado, tendo em vista que tal investigação originou-se do INQ 4631, arquivado em relação ao Senador Ciro Nogueira”, argumentou Kakay.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?