STF: Moraes determina que PF colha depoimento de Weintraub nesta sexta
Ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro é investigado por veicular informações falsas sobre o Supremo
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira (3/2), que a Polícia Federal ouça o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub na investigação sobre uma entrevista em que ele veicula “informações falsas acerca da atuação do STF e de condutas relacionadas a um de seus membros”. O depoimento foi reagendado para esta sexta-feira (4/2).
Weintraub havia solicitado e juntado documentos pedindo a extensão do prazo porque seu advogado havia contraído Covid-19. Assim, Moraes concedeu o pedido e remarcou a oitiva.
Em 24 de janeiro, Moraes tinha dado cinco dias para a PF colher o depoimento de Weintraub. Além disso, foi expedido ofício à empresa YouTube Brasil para que disponibilizasse a íntegra do material relacionado à entrevista objeto do vídeo publicado pelo canal Cortes do Inteligência, em 17 de janeiro de 2022.
Veja vídeo citado nos autos:
Investigação
Em 21 de janeiro, Alexandre de Moraes abriu um procedimento para averiguar acusações feitas pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. A investigação fazia parte do Inquérito das Fake News e foi desmembrada para apuração.
Moraes incluiu as declarações feitas por Weintraub durante a entrevista ao podcast Inteligência Ltda. Na ocasião, o ex-chefe da Educação afirmou que um dos ministros do STF, que negou habeas corpus a ele, havia tentado comprar sua casa num condomínio fechado, mesmo sem ela estar à venda. Weintraub estava nos EUA à época.
“Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein? De quem é?’ Falaram: ‘Abraham Weintraub’. ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’. O que acha disso? É adequado?”, declarou Weintraub na entrevista.
O ex-ministro ainda disse que foi chamado de covarde por ter fugido para outro país. Embora o STF nunca tenha pedido a prisão dele, havia o temor de que essa possibilidade ocorresse. Weintraub é investigado pelos ataques feitos contra o STF, em 2020.