STF marca julgamento de denúncia contra presos por morte de Marielle
A Primeira Turma do STF vai analisar as denúncias contra Chiquinho e Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, em 18 de junho
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 18 de junho a análise da denúncia contra os quatro suspeitos de terem planejado a morte da vereadora Marielle Franco. A Primeira Turma da Corte vai analisar se torna réus o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ); o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão; o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa; e Ronald Paulo de Alves Pereira.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia em maio deste ano. No texto, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, a manifestação é de que os suspeitos mandaram matar a vereadora porque ela representava um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão.
“Marielle se tornou, portanto, a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar sua postura”, escreveu Hindemburgo Chateaubriand.
O caso é relatado pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que preside a Primeira Turma.
Os acusados
Os irmãos Brazão são acusados de serem os mandantes do crime. A afirmação partiu de Ronnie Lessa, assassino confesso do duplo homicídio. Os dois irmãos estão presos, e negam a prática criminosa.
Rivaldo Barbosa de Araújo também está encarcerado. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro é apontado como um dos articuladores do crime. No entanto, ele alega não ter tido contato com os supostos mandantes.
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro em 2018. Ronnie Lessa foi detido em 2019. Ele fez uma delação premiada e deve ficar preso em regime fechado até 2037.