STF mantém sessão plenária após explosões na Praça dos Três Poderes
O Supremo Tribunal Federal foi alvo de uma tentativa de atentado na noite dessa quarta-feira (14/11). A sessão plenária será mantida
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que manterá a sessão plenária desta quinta-feira (14/11) mesmo depois das explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite dessa quarta-feira (13/11). Um homem e um carro explodiram nas proximidades do prédio do STF e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, respectivamente.
A Suprema Corte disse que a sessão está mantida, mas terá “participação restrita aos advogados das partes e imprensa previamente credenciada. Todos serão submetidos a rigorosos procedimentos de segurança”.
O STF reportou que o “prédio principal do Tribunal foi submetido nesta manhã à vistoria e varredura por agentes da Polícia Federal e do Bope da Polícia Militar como medida de cautela”.
Desde a madrugada desta quinta-feira, o prédio do STF está cercado com grades e realiza o controle de acesso desde o estacionamento do panteão até o estacionamento da Câmara. A medida que será mantida por prazo indeterminado.
A Corte anunciou que o “programa de visitação pública no edifício-sede fica suspenso provisoriamente até reavaliação de procedimentos dos segurança a serem adotados”.
O que se sabe até o momento
A Praça dos Três Poderes foi alvo de ataques na noite dessa quarta, quando um homem e um carro explodiram nas proximidades do prédio do STF e no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, respectivamente.
Os ministros do Supremo foram retirados às pressas do prédio da Corte, e a Praça dos Três Poderes precisou ser isolada por risco de novas explosões. Os palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu tiveram reforço na segurança.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fez perícia no local. Em nota, a Polícia Federal informou que um inquérito policial será instaurado para investigar os ataques como atentado terrorista.
Nesta quinta, forças de segurança farão uma varredura no Congresso. Não haverá expediente no Senado e na Câmara dos Deputados.
Após o episódio, o Supremo anunciou que vai retomar o uso de grades ao redor da Corte. Os prédios do STF também passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos.
Quem era o dono do carro
O carro que explodiu, de modelo Kia Shuma, estava carregado com fogos de artifício. O proprietário do automóvel é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Chaveiro de profissão, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), em 2020, por Rio do Sul (SC). Ele é o homem que se explodiu e morreu diante do STF.
Francisco é conhecido na cidade, entre amigos e familiares, como Tiü França. Nas redes sociais, ele fez publicações em referência às explosões que ocorreram nesta quarta.
Com prints de mensagens enviadas para ele mesmo, via WhatsApp, Francisco publicou, no início da noite, o que parecia ser um anúncio do que estava por vir. “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”, revelou um dos textos.
Em tom de ameaça, outro print diz: “Cuidado ao abrir gavetas, armários, estantes, depósito de materiais etc.”. E prosseguiu, indicando o suposto horário de início das explosões: “Início: 17h48 do dia 13/11/2024. O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!”.
Também nas redes sociais, Francisco explicou o porquê de a data escolhida para o ataque: “Eu não gosto do número 13”.