STF mantém sessão de julgamento de impeachment de Witzel no Rio
Ministro Alexandre de Moraes não aceitou tese da defesa de que só no último dia 21 recebeu mais trechos da delação de ex-secretário da Saúde
atualizado
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Rio de Janeiro – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a sessão de julgamento do impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC) prevista para esta sexta-feira (30/4), a partir das 9h. Moraes não aceitou o argumento da defesa de que Witzel teria direito a novo interrogatório porque só no dia 21 de abril recebeu 25 novos anexos da delação do ex-secretário estadual da Saúde Edmar Santos. No dia 7 de abril, Witzel e Edmar ficaram frente a frente.
Santos é peça-chave na investigação do esquema de corrupção envolvendo os contratos assinados pelo governo com o Instituto de Atenção Básica de e Avançada de Saúde (IABAS), sem licitação, por R$ 850 milhões para construção e gerência de sete hospitais de campanha, e a requalificação da Organização Social Unir Saúde.
Moraes determinou que só quatro anexos sejam retirados do procedimento de impeachment.”(…) julgo parcialmente procedente o pedido, determinando o desentranhamento dos novos Anexos acostados aos autos (Anexos 03 a 22 e 28 a 34), após o término da instrução probatória, por ofício encaminhado pelo Superior Tribunal de Justiça”, afirmou Moraes em decisão desta quinta-feira (29/4).
Os deputados estaduais Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) e Lucinha (PSDB) pediram ao (TEM) para condenar Witzel por crime de responsabilidade. Ele pediu a sua absolvição e, em caso de condenação, que sejam mantidos seus direitos políticos.
Witzel foi denunciado por envolvimento em esquema de corrupção quatro vezes no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é réu em uma das ações.