STF mantém prisão de Valdemar Costa Neto e aliados de Bolsonaro
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outros presos na Operação Tempus Veritatis passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e de outros três detidos durante a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, deflagrada nessa quinta-feira (8/2). Todos passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (9/2) na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal.
Valdemar foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e por usurpação mineral, ao ser pego com uma pepita de ouro, durante a operação. Costa Neto estava em casa, na região central de Brasília, que fica no mesmo prédio da sede do PL, o Brasil 21.
A defesa do ex-deputado afirma que a arma encontrada no local pertence a um parente e seria registrada. Além disso, os advogados sustentam que a pepita tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
O antigo chefe da Secretaria de Comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, comentou a manutenção da prisão de Valdemar no X, ex-Twitter: “A não soltura do Presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade à ele, bem como à sua esposa e familiares. Vergonhoso”.
Audiências
Confira o nome dos presos no âmbito da operação que tiveram as detenções mantidas após audiência de custódia:
- Valdemar da Costa Neto;
- Filipe Garcia;
- Marcelo Câmara; e
- Rafael Martins de Oliveira.
O juiz auxiliar do STF realizou as audiências de custódia. No entanto, as decisões ainda serão analisadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, que poderá ou não manter a prisão dos envolvidos.
Tempus Veritatis
Nessa quinta, a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis (“hora da verdade”, em latim) para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.