metropoles.com

STF: Lewandowski vota para ampliar partidos nas sobras eleitorais

Ministros do STF terão até 17 de abril para julgar três ações sobre as “sobras” eleitorais que podem anular mandatos de 7 deputados federais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
NELSON JR/ SCO-STF
Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles
1 de 1 Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles - Foto: NELSON JR/ SCO-STF

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela a ampliação da participação de partidos e candidatos na distribuição das “sobras” eleitorais. O voto foi registrado nesta sexta-feira (7/4) no plenário virtual da Suprema Corte.

Três ações no Supremo que tratam do assunto foram apresentadas pelos partidos Podemos, PSB, PP e Rede. As legendas questionam a constitucionalidade de trechos do Código Eleitoral que alteram as regras de distribuição das sobras eleitorais. Lewandowski é o relator dos processos.

Até 2022, todos os partidos que participaram das eleições eram incluídos na distribuição das vagas das sobras eleitorais. Com a mudança feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é necessário que o partido atinja pelo menos 80% do quociente eleitoral para concorrer às vagas da última fase da distribuição das sobras.

Segundo Lewandowski, a recente mudança “não se mostra compatível com a letra e o espírito do texto constitucional, pois dessa fase deveriam participar todas as agremiações que obtiveram votos no pleito”.

Para ele, a regra fere o princípio do Estado Democrático de Direito e o pluralismo político.

“A inviabilização do pluralismo político, como tem demonstrado a experiência histórica, acaba acarretando a extinção dos partidos menores ou, quando mesmo, promove uma drástica redução de sua importância, permitindo que os partidos maiores, em geral de massa, conquistem o monopólio da atividade política, instaurando, assim, uma indesejável partitocracia”, registrou no voto.

“Com efeito, toda e qualquer norma que tenha por escopo restringir a pluralidade dos partidos políticos, limitando a eleição de seus representantes, notadamente no sistema proporcional, viola os fundamentos de nosso Estado Democrático de Direito”, completou.

O ministro ainda votou para que as mudanças feitas pelo TSE sejam aplicadas nas eleições de 2024. Caso o voto do ministro prevaleça, os parlamentares eleitos em 2022 não serão afetados.

Se o STF não acompanhar Lewandowski, sete deputados podem ter os mandatos anulados: Silvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Augusto Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União-RO) e Lázaro Botelho (PP-TO).

Veja o voto do ministro na íntegra:

Voto Lewandowski by Júlia Portela on Scribd

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?