metropoles.com

Marco Temporal indígena: com placar de 2 x 2, STF suspende julgamento

A Corte retomou a análise, mas somente o voto do ministro André Mendonça foi lido. Julgamento segue nesta quinta com placar de 2 a 2

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Imagem colorida de protesto na Esplanada - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de protesto na Esplanada - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Com pressão e manifestações de lideranças indígenas em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (30/8), o julgamento do processo que analisa a tese jurídica em torno do Marco Temporal sobre terras indígenas. A sessão, no entanto, não foi suficiente para a conclusão do voto do ministro André Mendonça. Ele iniciou seu parecer, disse ser favorável a uma data fixada para demarcação de terras indígenas e prometeu concluir sua análise nesta quinta-feira (31/8), quando o julgamento continua.

A votação do Recurso Extraordinário (RE) nº 1.017.365 estava parada desde junho, quando o próprio Mendonça pediu vista. Ele devolveu o caso para julgamento, e a ministra Rosa Weber, presidente da Corte, pautou.

O Marco Temporal estabelece que apenas as terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição, podem ser demarcadas. No entanto, lideranças dos povos originários declaram que a questão vai contra a Carta Magna.

Quando foi parado, o julgamento no STF tinha 2 votos contra o Marco Temporal e um a favor. Durante a leitura do voto-vista, André Mendonça disse reconhecer o Marco Temporal e empatou o placar em 2 a 2.

Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin foram contra a demarcação das terras indígenas dentro do prazo estabelecido pelo Marco. Nunes Marques também se manifestou a favor da tese.

12 imagens
Indígenas na porta do STF
Indígenas na porta do STF
Indígenas em Brasília se manifestam contra o Marco Temporal
Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF
Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF
1 de 12

Indígenas na porta do STF, em Brasília

Vinícius Schmidt/Metrópoles
2 de 12

Indígenas na porta do STF

Vinícius Schmidt/Metrópoles
3 de 12

Indígenas na porta do STF

Vinícius Schmidt/Metrópoles
4 de 12

Indígenas em Brasília se manifestam contra o Marco Temporal

Vinícius Schmidt/Metrópoles
5 de 12

Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF

Breno Esaki/Metrópoles
6 de 12

Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF

Breno Esaki/Metrópoles
7 de 12

Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF

Breno Esaki/Metrópoles
8 de 12

Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF

Breno Esaki/Metrópoles
9 de 12

Indígenas protestam em meio à votação do Marco Temporal no STF

Breno Esaki/Metrópoles
10 de 12

Povos indígenas protestam contra o Marco Temporal

Danielle Assis/Observatório do Código Florestal
11 de 12

Observatório Florestal
12 de 12

Indígenas acompanharão a votação no STF

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Moraes chegou a apresentar uma sugestão de tese, que é um meio termo entre o Marco Temporal: a indenização dos povos originários e a realocação. Um dos pontos do voto do ministro é: “A proteção constitucional aos direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam independe da existência de um marco temporal em 5 de outubro de 1988 ou da configuração do renitente esbulho, como conflito físico ou controvérsia judicial persistente à data da promulgação da Constituição”.

Como fica Marco Temporal após suspensão de julgamento pelo STF

Veja como foi a sessão do julgamento:

A Corte analisa o caso concreto da terra indígena Ibirama LaKlãnõ, onde vivem os povos Guarani, Xokleng e Kaingang, em Santa Catarina. O entendimento do Marco Temporal foi usado pelo Instituto do Meio Ambiente catarinense, que solicitou a reintegração de posse de uma área localizada na Reserva Biológica do Sassafrás, onde se encontra o território originário.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?