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STF e maconha: “Não há invasão de competência”, diz Gilmar Mendes

Ministro do STF afirmou que Corte examina constitucionalidade da lei. Rodrigo Pacheco acha que a decisão deveria percorrer o Legislativo

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, representa o presidente da corte, Luis Roberto Barroso - metrópoles
1 de 1 Ministro decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, representa o presidente da corte, Luis Roberto Barroso - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em Lisboa, na manhã desta quarta-feira (26/6), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a Corte brasileira não está invadindo a competência do Senado. A fala ocorreu após a colocação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contrária à decisão do STF sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

“Não há invasão de competência porque, de fato, o que nós estamos examinando é a constitucionalidade da lei, especialmente do artigo 28 da Lei de Drogas em face da Constituição: não permitir que as pessoas tenham antecedentes criminais por serem viciadas. Isso já ocorreu em várias Cortes do mundo e, agora, está ocorrendo no Brasil”, disse Gilmar Mendes.

Na terça-feira (25/6), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, defendeu que a decisão deveria percorrer no processo Legislativo. “Eu discordo da decisão do Supremo Tribunal Federal [sobre descriminalização]. Eu considero que uma descriminalização só pode se dar através do processo legislativo, e não por uma decisão judicial. Há um caminho próprio para se percorrer nessa discussão, que é o processo legislativo”, declarou.

Para o ministro do Supremo, a determinação “não se trata de uma liberação geral para recreio ou algo do tipo”, afirmou. “É enfrentar a droga como doença mesmo, que precisa de tratamento. É antes de tudo um problema de saúde”.

Há, ainda, uma recomendação para que o Sistema Único de Saúde (SUS) habilite o tratamento de pessoas e que, “em alguns casos, se admite até a internação compulsória como no modelo português”.

Além de Gilmar Mendes, outros cinco ministros do STF, quatro ministros de Lula e dezenas de autoridades de outros tribunais, como Tribunal de Contas da União (TCU) e de agências reguladoras, estão em Lisboa para um fórum jurídico.

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