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STF decide se ladrões de toga, réplica da Constituição e de relógio em 8/1 viram réus

Os ministros começam análise, em 23 de junho, para decidir se tornam réus 45 incluídos no 8º bloco dos denunciados pela PGR por atos de 8/1

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
Homem levanta réplica da Constituição Federal após atos de 8 de janeiro
1 de 1 Homem levanta réplica da Constituição Federal após atos de 8 de janeiro - Foto: Reprodução/Redes sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa, na próxima sexta-feira (23/6), o julgamento de mais 45 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participarem dos atos golpistas de 8 de janeiro. Este é o 8º bloco no qual os ministros analisam se autores intelectuais e materiais dos atos de depredação das sedes dos Três Poderes viram réus.

Esta nova apreciação, que será iniciada no dia 23, em plenário virtual, e vai até 26 de junho, traz nomes que ficaram conhecidos durante no dia 8 de janeiro por atentarem contra símbolos emblemáticos da República.

Entre os analisados, estão Willian da Silva Lima, que roubou a toga de um dos ministros; Marcelo Fernandes, que  levou réplica da Constituição Federal de 1988 da sede da Corte, durante os atos golpistas de 8 de janeiro; e Antônio Cláudio Alves Ferreira,  investigado sob suspeita de ter quebrado um relógio histórico no Palácio do Planalto.

Willian da Silva Lima, morador de Campinas, em São Paulo. Aparece nas câmeras internas do STF vestido com a toga de um dos ministros da Corte, algemado e sendo conduzido por um policial nos corredores da Corte. O invasor tem 25 anos e trabalha numa empresa familiar, no ramo de temperos. Ele foi preso em flagrante, durante a retomada do prédio pelos policiais.

Veja vídeo:

Marcelo Fernandes foi o homem que levou a réplica da Constituição Federal de 1988 da sede do STF durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Em março, o ministro Alexandre de Moraes, manteve prisão dele. Fernandes foi preso em 25 de janeiro, em Minas Gerais, e a defesa havia pedido a reconsideração de sua detenção.

Os advogados alegaram que Marcelo Fernandes “é réu primário, com bons antecedentes, trabalha, tem residência fixa, é pai de cinco filhos, sendo um deles portador de deficiência intelectual”.

No entanto, Moraes analisou que existem elementos que justifiquem manter a prisão:

“O investigado teve efetiva participação e exerceu grande influência sobre os demais envolvidos, com nítido comportamento característico dos crimes multitudinários, sobretudo para a tentativa infeliz de ação objetivando ruptura do sistema democrático e os covardes ataques às Instituições Republicanas, conforme se depreende da análise dos vídeos apresentados pela Polícia Federal”, afirmou o ministro em sua decisão.

Agora, os ministros analisam se ele vira réu pelos atos.

Veja imagens: 

Já Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, foi preso em 23 de janeiro, em Uberlândia (MG). O mecânico é investigado sob suspeita de ter quebrado um relógio histórico no Palácio do Planalto nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Trata-se do relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808, por dom João VI. As câmeras de segurança do Palácio do Planalto flagraram o momento que um vândalo atira a peça histórica no chão.

Julgamentos

Até o momento, o STF colocou no banco dos réus 1.245 pessoas. Com mais este o oitavo bloco de acusações, serão 1.290 análises concluídas. O caso foi dividido em partes devido ao grande número de denunciados, como, no total, são 1.390, em dois inquéritos e em petições, faltam 100 pessoas a terem as denúncias analisadas.

Nessa leva, o Supremo analisa 37 pessoas inseridas no Inquérito nº 4.921, que investiga os responsáveis por incitação ao crime e associação criminosa.

No âmbito do Inquérito nº 4.922, que apura os autores dos danos materiais, há uma pessoa e em petições sobre os casos, outras sete.

Se houver abertura das ações penais, eles serão investigados por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

Veja nomes

Inquérito 4.921:

ANTONIO ALVES PINHEIRO JUNIOR
CAMILA ALVES SILVA OLIVEIRA
CARLOS ALBERTO PLACIDO
CIRLENE RABELO DE ARAUJO FREITAS
ELISEU SANTOS DE JESUS
EVANDRO ERICSON VIEIRA DE MEDEIROS
GABRYELLE COSTA ESTANISLAU PEREIRA
GILMAR VIEIRA DA SILVA
GIUSEPPE ALBUQUERQUE SANTOS
JAIRO MACHADO BACCIN
JOÃO CARLOS DE MORAES
JOÃO MOISÉS RITTA REGES
JOSÉ CARLOS MARTINS
JOSIEL MAGNO CENSI
KARINE DE PAULA SILVA MARTINS
KELIN ALVES DE LIMA
LAZARO ANTONIO DO PRADO
LILIA CRISTINA DE REZENDE
LINDOLFO DE OLIVEIRA
LUCIA HELENA MANZANO MORENO
LUCIENE MOURA DA SILVA ROCHA
LUCINARA RODRIGUES
LUIZ CARLOS ALVES
MARCIO JOSÉ SANTIAGO
MARGARETH MELLA MARINHO
MARIA APARECIDA POLEZA
MATHEUS SOUZA MURBACH
MIGUEL CARLOS VENANCIO
OZANA FERNANDES DE OLIVEIRA
PRISCILA RAMOS DE JESUS SANTOS
RAFAEL RAMOS DINIZ
ROSANGELA ANDREIA JUNGLES
THAYNA MHERY ALVES DE OLIVEIRA
UEKSLEI PINTO CEZAR
VAMBERTO DOS SANTOS JUNIOR
ZILDA APARECIDA CORREIA DE PAULA
ZILMA GOMES DE SOUSA LEÃO

Inquérito 4.922:

WAGNER DE OLIVEIRA

Petição 10.808:

CLAUDIOMIRO DA ROSA SOARES
FABIANO MEDEIROS FLORENTINO
JOÃO BATISTA GAMA
WILLIAM DA SILVA LIMA

Petição 10.871:

ANTÔNIO CLÁUDIO ALVES FERREIRA

Petição 10.838:

MARCELO FERNANDES LIMA

Petição 10.946:

ALEXANDRE BENTO HILGENBERG

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