metropoles.com

STF: Celso de Mello manda ação contra foro de Flávio Bolsonaro ao plenário

Decano adotou rito abreviado na reclamação do partido sobre a decisão do Tribunal de Justiça do Rio

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
André Borges/Esp. Metrópoles
Celso de Mello e Marco Aurélio ao fundo
1 de 1 Celso de Mello e Marco Aurélio ao fundo - Foto: André Borges/Esp. Metrópoles

O ministro Celso de Mello enviou para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a análise sobre o julgamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que concedeu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A decisão proferida na semana passada tirou o caso das “rachadinhas” das mãos do juiz de primeira instância Flávio Itabaiana, da 24ª Vara Criminal, responsável pelo processo que mira o filho do presidente e o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz.

No despacho, o decano adota o rito abreviado da Corte e abre espaço de 10 dias para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro enviar informações sobre o caso. A solicitação ocorre porque a Rede questiona trecho da Constituição estadual do Rio que prevê foro privilegiado perante o TJRJ a deputados estaduais. O tribunal fluminense também poderá encaminhar informações sobre o julgamento que beneficiou Flávio, se quiser.

O rito abreviado pode ser utilizado pelo relator da ação quando vislumbra que o processo “se reveste de indiscutível relevância”. Nesse cenário, é dispensada a análise de liminares — que são decisões judiciais de efeito imediato até o julgamento do mérito do processo.

O partido apresentou a ação após desembargadores da 3ª Câmara Criminal do Rio determinarem, por dois votos a um, que Flávio Bolsonaro tinha direito a foro privilegiado no caso das “rachadinhas”, esquema de apropriação de parte ou íntegra de salários de servidores da Alerj. A defesa alegava que, por ter sido deputado estadual na época dos fatos investigados, o caso deverá ser processado pela segunda instância — o Órgão Especial do Tribunal de Justiça.

A decisão tirou o caso do juiz Flávio Itabaiana, responsável por autorizar a quebra do sigilo contra Flávio e a prisão de Queiroz, em junho. Em manifestação, a defesa de Flávio alega que o foro é uma forma de garantir a autoridades que não serão julgadas por “juízes solitários”, que podem ser contaminados por “inflexões e pressões”. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça é um colegiado de 25 desembargadores.

A Rede alega que o entendimento adotado pelo tribunal de Justiça “destoa da dinâmica constitucional de responsabilização criminal dos agentes públicos”.

“É claro que o pretenso esquema da ‘rachadinha’ apenas existiu em razão de o Sr. Flávio Bolsonaro ser uma autoridade estadual; do contrário, não teria assessores públicos para pretensamente dividirem o salário mensal. Contudo, tal constatação não leva a crer que os supostos crimes se deram em relação com as funções desempenhadas, pois nada havia de ligação entre desvio de dinheiro e o exercício do mandato estadual”, afirmou a Rede.

O Ministério Público do Rio também recorreu da decisão ao Supremo, em reclamação que está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes. O caso aguarda o envio de informações cobradas pelo ministro ao Tribunal de Justiça do Rio.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?