STF abre exposição sobre mulheres e Cármen Lúcia emociona com discurso
A exposição Mulheres no Brasil, um Caminho pela Igualdade de Direitos mostra trajetória de mulheres que enfrentaram a exclusão e ousaram
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu, nesta quinta-feira (7/3), a exposição: Mulheres no Brasil, um Caminho pela Igualdade de Direitos. A mostra apresenta a trajetória de mulheres que, em meio à exclusão imposta pela sociedade, ousaram escrever, cantar e pintar. Entre os nomes com histórias contadas estão atrizes, ministras, escritoras e cantoras.
A inauguração foi realizada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. Em seu discurso, lembrou os avanços conquistados pelas mulheres ao longo dos anos, mas lembrou: “A igualdade de gênero que nós buscamos ainda é uma luta inacabada e um compromisso em relação ao qual temos que continuar a nos empenhar”, disse.
Ao citar que o STF teve, até os dias atuais, três ministras: Cármen Lúcia, Ellen Gracie e Rosa Weber, Barroso completou: “Mulheres temos tido poucas, mas muito qualificadas”. Em meio a fala, Cármen Lúcia, única mulher a ocupar a cadeira de ministra no STF nos dias atuais, complementou: “Mas queremos mais!” Barroso repetiu em consentimento: “Queremos mais”.
Depois do ministro Barroso, Cármen Lúcia discursou e emocionou quem estava presente. Falou que pretende ver mais avanços até seus 104 anos, idade até a qual pretende viver. “Tenho o sonho de ver essa igualdade”, disse.
Em seguida, completou: “Vou citar uma coisa que sempre me toca, que é de Cecília Meireles. Ela dizia: ‘Fui loira, fui morena, fui Alice e Beatriz. Fui Maria e Madalena, só não pude ser como quis’. Eu quero que todas as brasileiras e brasileiros tenham o direito constitucional de ser na vida o que querem ser”, disse Cármen Lúcia na abertura da exposição e emocionou aos presentes.
Veja:
A exposição no STF traz os nomes de suas ministras de Maria Bethânia, Zélia Gattai, Clara Nunes, Chiquinha Gonzaga e outras. Veja um trecho da exposição: