Stalker perseguia e ameaçava eleitoras do político adversário em Goiás
Uma das vítimas chegou a receber mais de 100 mensagens em um dia. Suspeito dizia ter vídeos íntimos das mulheres e ameaçava divulgá-los
atualizado
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A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu, nesta segunda-feira (5/8), Mateus Manoel da Silva Souza, suspeito de praticar crimes de perseguição, ameaça e violência psicológica contra mulheres por motivação política. Ele foi capturado em Vicentinópolis, cidade que fica a 161 km de Goiânia.
As vítimas relataram à polícia que começaram a sofrer ataques e receber mensagens de Mateus, após demonstrarem apoio político a um determinado candidato da cidade, adversário da candidatura preferida pelo perseguidor. Uma delas disse ter recebido mais de mil mensagens em um único dia.
A investigação analisou as provas apresentadas pelas vítimas e concluiu que a prática se caracteriza como stalking. Mateus enviava mensagens, dizendo que teria vídeos íntimos das mulheres e ameaçava publicá-los nas redes sociais, com o intuito de desestabilizá-las emocionalmente.
Algumas vítimas o bloquearam no WhatsApp para se livrarem da perseguição, mas o suspeito buscava outros meios para estabelecer contato com elas. Segundo a polícia, ele recorria a outras redes sociais, fazia ligações constantes e chegou a persegui-las pessoalmente.
Mateus foi preso preventivamente, após constada a prática. A Polícia Civil optou por divulgar a imagem dele, por acreditar que novas vítimas e testemunhas ainda podem surgir. A Justiça também expediu um mandado de busca e apreensão para ser cumprido na casa dele.
O crime de perseguição é previsto no Código Penal desde 2021, quando a chamada Lei do Stalking foi sancionada pelo governo federal. A pena pode ser de seis meses a dois anos de prisão, podendo chegar a três, quando o crime é praticado contra menores, idosos, mulheres ou com participação de mais de uma pessoa e uso de arma.